Com o objetivo de melhorar os serviços oferecidos à população e auxiliar na definição de políticas públicas, o Governo de São Paulo lançou o projeto Gabinete 3D, cuja principal ação é a atuação presencial dos secretários do Estado nos municípios. O nome remete aos três “Ds” que regem a gestão: Diálogo, Dignidade e Desenvolvimento.
A ideia é levar gabinetes itinerantes às cidades para conversar com a população local, além de entidades e gestores. Com isso, o Estado pode entender as principais demandas regionais, elaborar soluções para problemas reais e impulsionar as potencialidades locais.
Ou seja, com o Gabinete 3D, o Governo de SP vai levantar quais são os pontos de melhorias e de crescimento de cada região e discutir ações regionalizadas. Para a gestão estadual, o diálogo propiciado pelos encontros dos secretários com as lideranças locais será essencial para entender e solucionar problemas, melhorar serviços e ter o senso de urgência necessário para cuidar das pessoas.
Início pela Saúde
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) foi a pasta escolhida para inaugurar a iniciativa, dada a preocupação da população com o setor e a proximidade dos objetivos do Gabinete 3D com o projeto de Regionalização da Saúde, já em curso desde o começo do ano.
A Regionalização busca reorganizar as unidades de saúde e investimentos de acordo com as necessidades e demandas de cada região. Deste modo, o “Gabinete 3D – Saúde” concentra diversas ações para promover a aproximação das lideranças, gestores públicos e servidores das redes de saúde dos municípios e das entidades ligadas à área.
O Estado tem promovido encontros do secretário da Saúde, Eleuses Paiva, com lideranças políticas locais, administradores dos hospitais e visitas às unidades de saúde da região.
“Oferecer saúde pública de qualidade é um compromisso com o cidadão paulista. Com o Gabinete 3D podemos ver de perto o que está acontecendo, escutar de quem está na ponta quais são os principais problemas e estar junto na construção de uma nova saúde, fazendo a diferença para todos”, afirma Eleuses. “Queremos estar próximos para definir planos de ação para entregar de forma personalizada o que cada município precisa”, completa o secretário.
Após o processo de escuta e análise, a pasta vai definir soluções e ações adequadas às necessidades de cada região. Um exemplo: um paciente sofre de insuficiência renal crônica e mora em um pequeno município do interior. Ele precisa passar por hemodiálise duas vezes na semana, mas a cidade mais próxima que tem os equipamentos necessários para o tratamento fica a 450 km de distância. Quando a regionalização da saúde estiver funcionando ativamente, o objetivo é que esse e outros cidadãos da região que necessitam do mesmo tratamento o consigam em um local mais próximo.
Para mapear os principais gargalos e demandas da Saúde nos municípios, a Secretaria da Saúde tem promovido oficinas em diferentes macrorregiões do Estado, com a participação de gestores locais.
A última realizada foi em Santos, no litoral paulista, quando o secretário anunciou na última segunda-feira (21) a abertura de 350 leitos SUS para a população da Baixada Santista. Em 18 meses, serão cinco unidades de saúde beneficiadas, em um processo custeado inteiramente pelo Governo de SP.
Antes da Baixada, as Oficinas passaram pelas regiões de Bauru, Taubaté, Marília, Presidente Prudente, São José do Rio Preto, Araçatuba e Ribeirão Preto. A próxima parada será na região de Campinas.
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