O dinheiro gasto pelo governo Ibaneis com publicidade tem sido mal investido e de cunho político. As peças publicitárias estão sempre declarando o que o GDF fez, em quantos dias e o que ele fará. Campanha institucional com objetivo de informar e de prevenir a população, essa não foi vista em seis meses de governo, principalmente para duas áreas primordiais que assustam hoje: a Dengue e o Feminicídio.

Segundo ofícios trocados entre as Secretarias de Saúde e de Comunicação, o Secretário de Saúde do DF solicitou, no dia 28/02, à Secretaria de Comunicação, peças publicitárias sobre combate e controle da dengue no DF, mas a resposta só veio no dia 28/05, informando que o processo de publicidade encerraria no dia 30/05. Ou seja: a verba não foi usada ou a verba foi usada em outras “campanhas”.

A estatística de mortes por dengue no DF subiu para 31 casos. Essa é a maior epidemia já vista pela população do Distrito Federal.
E a falta de controle não está só no mosquito, mas também, no gasto do dinheiro público. O portal Transparência está sempre desatualizado nesse governo. Estamos em julho e, até agora, o site só publicou os gastos efetivos com publicidade de utilidade pública do primeiro trimestre de 2019. Com certeza, não há como rever a omissão da pasta de Comunicação do governo e o prejuízo se foi, mas este é o preço da indicação sem conhecimento.

No caso da subsecretaria de publicidade, o governador nomeou a advogada Cláudia Marques, que luta para entender o que é o analystico Alexia e as ferramentas digitais, já que essas não constam no “Vade Mecum”. Lamentável.

Não vemos diferença entre publicidade e propaganda. As peças publicitárias são sempre de propaganda do governo, e não de mensagens esclarecedoras sobre prevenção, proteção, cuidado e incentivo à população.

O MDB gosta muito desse tipo de prática política, que destina recursos importantes da forma que eles acham que deve ser. Exemplo disso aconteceu no governo Temer, quando verbas institucionais que deveriam ser destinadas a campanhas sobre vacinação, dengue, febre amarela, entre outras, acabaram se transformando em recursos para marketing político e de promoção de palanques.

Cris Oliveira