No fim da tarde deste domingo (18), a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro brindou brasilienses e turistas com um concerto à beira do Lago Paranoá, no Parque da Asa Delta (QL 12 do Lago Sul).

A apresentação, noite adentro, encerrou o Festival Águas de Março, que incluiu uma série de atividades culturais e esportivas à beira do espelho d’água desde sexta-feira (16).

“Essa orla livre, democratizada, é um legado que a gente está deixando para a população de Brasília, e vemos a alegria das pessoas de estarem desfrutando desse espaço público”, enfatizou o governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg, que compareceu ao evento.

Ele aproveitou para vistoriar as obras da ciclovia e do trapiche que ligam o Parque da Asa Delta com o da Península [dos Ministros] e com o Pontão do Lago Sul. Segundo o governador, a obra está adiantada e, para ser concluída, aguarda liberação de madeira — que vem da Amazônia — pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

“Espero que esse seja o início do processo de ocupação desse espaço pela cultura e pela arte. Aos poucos, a população vem se tornando dona dele também”, disse o secretário de Cultura, Guilherme Reis.

Para a cientista política Sabrina Jacoby, de 32 anos, o concerto representou maior acesso e popularização tanto da orquestra quanto da orla. “Sem o Teatro Nacional [fechado para reforma], um evento como esse ganha ainda mais importância.”

“É muito bacana ouvir música de qualidade em espaço aberto”, completou o marido, Murilo Jacoby, advogado de 32 anos. O casal estava acompanhado do filho, Bernardo Jacoby, de 2 anos.

O espetáculo ocorreu no fim de semana em que começa na cidade o 8º Fórum Mundial da Água, o maior encontro do planeta sobre o tema.

Regidos pelo maestro titular, Cláudio Cohen, os músicos tocaram obras relacionadas: O Rio Moldávia, de Smetana; Danúbio Azul, de Strauss; La Mer, de Debussy; As Oceânides, de Sibelius; e a Sinfonia nº 6 – Cena à Beira de um Riacho, de Beethoven.

Para encerrar, executaram a popular música brasileira Planeta Água, de Guilherme Arantes.

A Secretaria de Cultura investiu cerca de R$ 30 mil na estrutura necessária, que inclui palco, camarim, banheiros químicos, som e luz.

A organização do festival é uma parceria de uma empresa da iniciativa privada com uma organização sem fins lucrativos formada por artistas.

Com o Concerto Austríaco, a orquestra encerra o ciclo de apresentações deste mêsem 27 de março, às 20 horas, no Cine Brasília (106/7 Sul), com entrada livre. No programa, a Sinfonia nº 5 de Gustav Mahler.

EDIÇÃO: RAQUEL FLORES/Agência Brasília