O puxadinho do Palácio do Buriti ficou famoso na época do governo Agnelo Queiroz (PT) por lotear a máquina pública aos deputados distritais. No governo Rollemberg (PSB), o quadro não é diferente. O governador, que prometeu em sua eleição mudar o sistema, deu continuidade ao puxadinho em versão piorada e auxiliada pela sua serviçal na Câmara Legislativa, a deputada presidente da casa Celina Leão (PDT).
Com Celina na presidência, o poder legislativo continua engessado ao Palácio do Buriti, o que dificulta a atuação do poder legislativo em representar o povo do DF, inclusive para barrar as artimanhas da gestão Rollemberg, que por sinal são antipáticas e ditadoras, chegando a prejudicar as famílias mais carentes da cidade, como o caso Agefis, lembrando que a invasão é crime, mas os invasores são pessoas e merecem respeito, e também amparo social do Estado.
Celina em sua gestão se mostrou serviçal do executivo nas votações que prejudicaram o povo do DF, como o aumento do imposto dos remédios genéricos, manobra imoral da deputada, que teve a capacidade de cancelar o veto do projeto do executivo, e em frações de segundos, após barganhar com deputados, conseguiu aprovar para Rollemberg o aumento, deixando na mão em especial os idosos que recebem baixa aposentadoria e precisam de medicamentos.
Não foi diferente quando a casa do povo se calou com o aumento na tarifa do transporte público, da refeição do restaurante comunitário, do zoológico, e principalmente a falta de eleição dos administradores regionais, que era o projeto principal da campanha de Rollemberg. Claro que neste caso a base governista ficou feliz indicando seus apadrinhados novamente para os cargos de administradores, deixando de lado a vontade do povo. Celina Leão, por mais dois anos na presidência da casa, será a continuidade do Puxadinho do Palácio do Buriti e da omissão dos deputados em sua principal função, a de fiscalizar o povo e defendê-lo.
Cris Oliveira