A coleta seletiva fará parte do dia a dia dos moradores de Sobradinho II e Plano Piloto a partir da próxima segunda-feira (3). No centro da capital, o serviço atenderá o Setor Militar Urbano (SMU), o Setor de Armazenagem e Abastecimento Norte  (Saan), o Shopping Popular, a Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do DF (Adasa) – que funciona na antiga Rodoferroviária – e a Granja do Torto.

A ampliação da coleta seletiva foi possível devido ao contrato celebrado com três empresas em outubro do ano passado. Logo depois, as comunidades da Vila Planalto e da Vila Telebrasília passaram a receber o serviço.

Moradora da Vila Telebrasília desde que nasceu, Sara de Jesus, 39 anos, tem o costume de fazer a separação do lixo em casa. Ela destaca a importância do serviço ter chegado à cidade. “A gente tem que ter essa consciência. Não só por causa do meio ambiente, mas também pensando na segurança dos catadores que recolhem esse material”, comenta a estudante.

Sara de Jesus tem o costume de separar o lixo em casa | Foto: Acácio Pinheiro / Agência Brasília

Odilon Lima, 73 anos, também está satisfeito com a novidade. “A intenção do governo é muito boa. Muitos vizinhos fazem a separação, outros não, mas acredito que com essa ação eles terão mais consciência. Dessa forma estamos ajudando o meio ambiente e os profissionais que prestam esse serviço”, destacou o aposentado.

Ampliação

Segundo o diretor-adjunto do Serviço de Limpeza Urbana do DF (SLU), Gustavo Souto, a ampliação do atendimento é implementada de forma gradativa, pois é preciso conscientizar a população sobre a importância de separar corretamente o lixo. “A coleta traz benefícios ambientais, porque utilizamos menos áreas, e vantagens sociais, pois as cooperativas ganham dinheiro em cima disso”, explica.

Ainda de acordo com Souto, a coleta do lixo também melhora a economia, pois é um material que pode ser reintroduzido na cadeia produtiva. “Em comparação a outros estados, estamos acima da média com relação à coleta, mas sempre podemos melhorar. São cerca de 3 mil toneladas de lixo por dia e apenas 4% fazem parte da coleta seletiva”, comenta o diretor-adjunto do SLU.

A validade do contrato do SLU com três empresas de limpeza urbana é de cinco anos. De fora da coleta seletiva ficaram apenas as áreas rurais, onde a quantidade separada e recolhida ainda é pequena diante do investimento.

Aposentado, Odilon Lima se diz satisfeito com a novidade | Foto: Acácio Pinheiro / Agência Brasília

As empresas cuidarão da coleta e do transporte de resíduos sólidos domiciliares; da coleta manual e mecanizada e da remoção de entulhos; da varrição manual e mecanizada de vias e espaços públicos; da lavagem e limpeza de equipamentos; e da pintura mecanizada de meios-fios, entre outras ações de limpeza.

Ainda em 2020 o SLU irá instalar 244 pontos públicos de entrega voluntária. O DF também vai ganhar 21.086 lixeiras novas e 382 contêineres semienterrados, para garantir a coleta convencional em áreas de difícil acesso.

Separação

O SLU explica que, ao descartar o lixo, é preciso separar em duas lixeiras diferentes: uma para materiais recicláveis e outra para orgânicos e rejeitos. O primeiro, de preferência da cor verde ou azul, é para os materiais recicláveis: papel, papelão, plástico, isopor e metal.

O outro saco, de preferência preto ou cinza, é para o material orgânico e rejeitos: restos de comida, borra de café, fralda descartável, papéis gordurosos, lixos de banheiro e o vidro.