celina leao 3

Ser político no Brasil é uma profissão mal vista e isso vem piorando a cada dia. Estamos acostumados a assistir a incerteza e a instabilidade geradas pelo poder através das costuras de governabilidade, que faz o parlamentar Brasileiro se vender por cargos e liberação de emendas, para agraciar projetos e votações, visando favorecimento pessoal que beneficia o poder executivo. A prática tira a função de fiscalização que os parlamentares têm, e coloca em prática a barganha imoral para calar a boca e fazer papel de fantoche.

 

Foi assim com o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), que cansou das contas na Suíça e colocou a Presidente Dilma (PT) no Paredão do Impeachment, se tornando o malvado favorito. Envolvido, porém agraciado com o glamour temporário em estilo Peter Pan, querendo livrar o Brasil da lama de corrupção que ele também participou. Fez sua parte, porém seu dia chegou e ele teve que se afastar do poder.

 

Na CLDF, o caso não é diferente. A presidente da Câmara Legislativa foi a interceptadora do Governador Rollemberg (PSB). Negociou cargos, loteou o governo e se projetou à presidência da casa. Mas agora, depois de não conseguir mais o apoio de Rollemberg para barganhar a mudança de mandato da presidência da câmara para 4 anos com direito a reeleição, Celina (PPS) quer o lado da oposição. Neste caso, a maldade da favorita pegou mal demais. Inconformada com o fim da estada na sala da Presidência, Celina, assim como Eduardo Cunha, quer o IMPEACHMENT DO GOVERNADOR ROLLEMBERG.

 

No meio do pirão, Celina acusa o presidente do DFTRANS de participar de viagens com empresários, mas se esquece de que foi manchete de sites viajando de jatinho com alguns outros empresários. A lei na política é só para terceiros.

 

Mas o mais preocupante é que não temos como Vice-Governador uma pessoa capacitada. Renato Santana (PSD) não gosta muito das bases como antigamente. Empossado como administrador interino do Riacho Fundo I, o Vice foi na Cidade após 8 dias do decreto que o nomeou para receber a tocha olímpica, e parece que o fogo do Super-Vice em fazer mudança geral foi apagado. Nem Ceilândia e nenhuma outra cidade satélite tem a presença real do Vice-Governador. Tudo muito superficial, e detalhe: na rede social ele é o Vice Laranja. O povo é criativo e não dorme mais sem colocar na política uma pitadinha de crítica.

 

Não tem reeleição? Então não tem apoio.

 

A deputada Celina Leão (PPS) passou para o ataque. Se não tem o apoio do governador para as barganhas com os deputados a fim de aprovar a reeleição para presidência da CLDF, também não tem o apoio, e muito menos, o voto à favor do governo na Câmara Legislativa. O povo superficialmente pode até comemorar por alguns dias a atitude de Celina Leão, que só ruge mesmo quando tocam no prato dos favorecimentos conquistados no começo do Governo Rollemberg. Aquele que ajudou, e muito, Celina a ser eleita como presidente da casa.

 

Mas como tudo na casa do “Povo” é instável, basta um bom bate papo com o governador e alguns cargos esperados nas empresas públicas do governo para Celina voltar a voar de jatinho acompanhada de grandes empresários. É tudo questão de “discutir a relação”. Enquanto isso, a balela é cuidar da saúde pelo bem do povo, para que seja de boa qualidade aos seus usuários.

 

 

 

Infelizmente, o povo do DF vive uma politicagem que parece filme de Hollywood. O paralelo da governabilidade e da oposição se chama favorecimento, e o povo não entende por que elege seus representantes.

 

 

 

Cris Oliveira