Uma operação para recolher veículos abandonados em todo o Distrito Federal será deflagrada pelo GDF, com o objetivo de retirar das vias públicas as sucatas que têm servido de foco para a proliferação do Aedes aegypti. O planejamento da ação foi discutido, nesta sexta-feira (14), em reunião entre gestores de diversos órgãos, entre eles, a Secretaria de Saúde.

A operação, coordenada pela Secretaria de Segurança Pública e organizada na sede da pasta, conta com o suporte dos agentes de Vigilância Ambiental, além das secretarias de Governo, Casa Civil, Cidades, administrações regionais e órgãos como Detran e Defesa Civil.

Conforme a avaliação preliminar, o primeiro local que receberá a ação será Samambaia, em data ainda a ser definida. Na região administrativa, agentes públicos já detectaram, por georreferenciamento, quatro cemitérios de veículos abandonados. Em todo o DF, cerca de 700 sucatas foram mapeadas.

“Essa parceria é fundamental e mais uma prova que o governo está preocupado com a saúde pública do DF. O principal é diminuir a proliferação do Aedes, pois essas carcaças de carros são criadouros do mosquito. Uma só área onde estão podem contaminar todo o território”, afirmou o diretor de Vigilância Ambiental, Edgar Rodrigues.

De acordo com o gestor, o decreto publicado no início do ano pelo governador Ibaneis Rocha, que determinou a situação de emergência na saúde pública do DF, garante o amparo legal para as ações dos agentes públicos no momento de recolher as sucatas.

“O decreto nos empodera para esse tipo de ação. Sem o decreto, seria possível fazer apenas a manutenção do local com fumacê. Mas com a retirada dessas sucatas será possível diminuir consideravelmente a população do vetor da dengue. A população será a maior beneficiada”, ressaltou o diretor.

Além disso, a Vigilância Ambiental poderá usar alvará judicial expedido pela 3ª Vara da Fazenda Pública do DF, para que os agentes ingressem em imóveis fechados, abandonados ou com recusa de acesso.

Planejamento
Conforme o planejamento da operação, guinchos serão utilizados para recolher as carcaças encontradas ao longo da ação. Todas serão levadas a depósitos do GDF, que serão definidos pela Secretaria de Segurança Pública.

“No local onde serão armazenados, haverá equipes de saúde fazendo o controle diário do mosquito, colocando larvicida e capas de cobertura para evitar que acumulem água”, explicou o coordenador dos Conselhos Comunitários de Segurança do Distrito Federal, Marcelo Batista.

Segundo o coordenador, paralelamente a isso, será instrumentalizado os processos para a formulação de um novo decreto, com o objetivo de garantir a devida destinação às sucatas recolhidas. “Se for por compactação, por exemplo, máquinas precisarão ser locadas. O decreto deverá ter um dispositivo que preveja isso, além de formas para prevenir que as pessoas que compram veículos em leilões não deixem as sucatas deles expostas”, destacou.

“O objetivo principal é eliminar os focos do Aedes, pois comprometem a saúde e a segurança pública. Nesse momento, todos os órgãos do GDF estão envolvidos para contribuir no combate ao mosquito, que é um problema de todos”, ressaltou o subsecretário de Prevenção a Criminalidade da Secretaria de Segurança Pública, Ricardo Barros.

*Com informações da Secretaria de Saúde