O Ministério da Saúde estuda ampliar a vacinação de febre amarela para todo o país ainda neste ano devido à circulação do vírus em novas áreas. Durante reunião da Comissão Intergestores Tripartite (CIT), o ministro da Saúde, Ricardo Barros, apresentou nesta quinta-feira (22/2) a proposta que deve ser definida com os Estados. A sugestão será também discutida com organismos internacionais, como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).

Ao apresentar a proposta, o ministro Ricardo Barros defendeu que a estratégia de vacinar toda a população deve ser feita de forma gradual, de acordo com as possibilidades dos estados. “Isso é uma proposta que será discutida com as diversas competências: secretários estaduais, OMS e OPAS. Se decidido, haverá uma programação de vacinação para cada estado”, esclareceu Ricardo Barros.

A ideia é incluir todos os estados do país como Área Com Recomendação de Vacinação (ACRV). Atualmente alguns Estados do Nordeste e parte do Sul e Sudeste do país não fazem parte das áreas de recomendação de vacina por não apresentarem circulação do vírus. Nestes locais devem ser vacinados, aproximadamente, 34 milhões de pessoas, sendo 11 milhões nos estados da região Sul e Sudeste, além de 23 milhões no Nordeste.

Hoje a estratégia de vacinação contra a febre amarela faz parte da rotina de 21 estados brasileiros e também é recomendada para pessoas de outras regiões que vão se deslocar para áreas silvestres e rurais nessas localidades. O Ministério da Saúde, ao longo de décadas, vem ampliando as áreas de vacinação, conforme a necessidade apontada pelo monitoramento constante da circulação do vírus.

O Ministro da Saúde ressaltou ainda que aguarda o funcionamento da nova fábrica da Libbs Farmacêutica em São Paulo, para aumento da produção da vacina no país. “Estamos aguardando o início do funcionamento da nova fábrica que poderá produzir mais 4 milhões de vacinas por mês. Assim, teremos a capacidade de fazer a imunização de toda a população. Com isso, todo o Brasil se tornaria área de vacinação permanente”, concluiu.

 

 

 

 

Texto: ASCOM/GM/MS