Um domingo cheio de debates, oficinas e palestras sobre violência contra a mulher, inclusão social, cidadania, saúde, cultura, diversidade, empreendedorismo, tecnologia e esporte, entre outros temas. Isso é o que promete a 3ª edição da Virada Feminina, evento que teve início às 9h30 da manhã e segue com palestras marcadas até às 18h, na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na Avenida Paulista, em São Paulo. O evento, gratuito, é promovido pela Liga das Mulheres Eleitoras do Brasil (Libra), em parceria com a Fiesp.

Para incentivar e fortalecer o protagonismo feminino, escritoras, deputadas, empresárias, jornalistas, artistas, atletas, vereadoras, arquitetas, professoras, médicas, psicólogas, entre outras, vão se reunir para debater o papel, os desafios e as conquistas da mulher em grupos de trabalho. Além das oficinas e mesas de debates e palestras, o evento também ofereceu serviços nas áreas de saúde tais como testes rápidos de HIV, vacinas e orientações nutricionais.

“Creio que o papel da mulher, a cada vez mais, tem de aumentar no meio político, empresarial e na vida do país. Isso está acontecendo, mas longe de estar em seu pleno potencial. A mulher tem muito mais potencial de participar e ajudar o país”, disse Paulo Skaf, presidente da Fiesp e do Ciesp, ao falar sobre a importância do evento. “Assim como queremos maior participação da mulher na vida política do país, é muito importante também a participação da mulher na economia brasileira”, acrescentou.

Cristiane Britto, secretária nacional de políticas para mulheres do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, que vai palestrar na tarde de hoje Virada Feminina, ressaltou que o evento pode ajudar o ministério no estabelecimento de políticas públicas para a mulher. “Esse evento é importante principalmente com relação aos movimentos que estão aqui e que têm muito a contribuir com nossa secretaria, que tem hoje uma gestão de diálogo. Preciso ouvir os movimentos e a sociedade civil para a gente mudar a realidade das mulheres brasileiras, principalmente com relação ao enfrentamento da violência contra a mulher”, disse ela, ao participar do evento, em São Paulo.

Segundo ela, o evento pode contribuir, por exemplo, em questões que envolvem a autonomia financeira da mulher. “Há dados conclusivos [que mostram] que a mulher, para sair do agressor, precisa ter independência econômica”, falou ela, em entrevista à Agência Brasil. “Há também painéis importantes que poderemos assistir sobre a representação da mulher na política para mudar nossa realidade do déficit de representação”, disse. “Vai ser um evento memorável”, ressaltou.

Público

A publicitária Ana Paula Leite veio ao evento trazer sua mãe para um desfile na Virada Feminina. E aproveitou para participar e acompanhar algumas das palestras que aconteceram na Fiesp neste domingo. “Está sendo maravilhoso. A Virada Feminina é boa porque vai expor muito as nossas necessidades de engajamento no mundo”, falou ela à reportagem. “Tinha que ter mais vezes”, acrescentou.

Já a desempregada Silvia Andrea Belmiro aproveitou o evento para se vacinar contra a gripe. “Vim participar. Participei de palestras, tomei a vacina e vou ficar aqui o dia inteiro, até terminar”, disse ela. Para Silvia, o evento ajuda a mulher a ficar “mais empoderada, levanta a autoestima e dá coragem para enfrentar e ir atrás de seus direitos”.