Durante seminário realizado em Brasília, a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Cármen Lúcia, fez um alerta sobre o avanço da violência política de gênero no país. Segundo a ministra, ataques sistemáticos, discursos de ódio e tentativas de intimidação têm comprometido a participação de mulheres na vida pública e ameaçado o funcionamento da democracia.

A preocupação ganha ainda mais relevância no Distrito Federal, onde cresce o debate sobre representatividade, paridade e a necessidade de ampliar a presença feminina nos espaços de decisão política.

Impactos diretos no processo eleitoral

De acordo com a ministra, a violência política — que inclui agressões verbais, assédio, difamação e ações coordenadas para constrangimento — cria um ambiente hostil que afasta mulheres de campanhas eleitorais, mandatos e funções públicas. Esse cenário, afirma ela, prejudica o equilíbrio democrático e enfraquece a pluralidade necessária para o processo eleitoral.

A presidente do TSE reforçou que o país precisa enfrentar o problema com firmeza, garantindo segurança institucional, mecanismos de proteção e punição para casos identificados.

Relevância para o Distrito Federal

No DF, a discussão sobre a baixa presença feminina na política tem ganhado força. Apesar de avanços pontuais, a representatividade continua distante do ideal, e o ambiente de polarização tem ampliado episódios de violência simbólica e virtual.

A fala da ministra reforça a necessidade de medidas que estimulem a participação feminina, fortaleçam candidaturas e assegurem condições igualitárias de disputa.

Caminhos para combater a violência política de gênero

Entre as ações destacadas no debate estão:

  • fortalecimento de campanhas de conscientização;

  • aprimoramento dos canais de denúncia;

  • cooperação entre instituições públicas;

  • monitoramento de ataques virtuais;

  • medidas protetivas para vítimas;

  • incentivo para ampliar a presença feminina em partidos e espaços de poder.

Para o TSE, garantir a participação feminina em segurança é condição essencial para eleições mais justas e representativas.