Os videogames continuam sendo objeto de desejo de grande parte da população mundial. O primeiro console da história, criado pelo engenheiro alemão Ralph Baer, foi lançado em 1972 e se chamava Magnavox Odissey. Desde então, estes acessórios passaram a fazer parte do imaginário popular e alcançaram status de prioridade entre os amantes de tecnologia, com o passar dos anos, os consoles foram constantemente atualizados, chegando aos modelos que hoje conhecemos. De acordo com a consultoria Newzoo, em 2023 o setor deve faturar cerca de R$1 trilhão de reais no mundo.
Por trás de cada console existe uma grande tecnologia envolvida, e a cada geração, os componentes que possibilitam os jogos funcionarem passam por atualizações, para que os chamados “upgrades” possam ser vivenciados pelos jogadores, elementos como melhores gráficos, maior rapidez do console e de seu software, além de novas mecânicas são alguns dos poucos exemplos que apresentaram melhoras a cada salto de geração.
“Assim como o mundo tecnológico apresentou grande evolução durante os últimos anos, os videogames seguiram pelo mesmo caminho e se tornaram elementos comuns na casa de muitas pessoas. Hoje, temos diversas funcionalidades presentes dentro dos consoles, que possibilitam usufruir os jogos e experimentar outras formas de entretenimento”, explica João Gabriel, head de tecnologia e Top Voice do LinkedIn.
A era de ouro dos consoles
Os mais antigos com certeza se lembram do Atari, Mega Drive ou do NES, o videogame da Nintendo. Estes consoles, apesar de hoje serem considerados simples em sua execução, representaram um grande marco contemporâneo de execução da tecnologia e disponibilizaram clássicos que são amados até hoje, como Donkey Kong, Mario e Sonic.
Os jogos, majoritariamente feitos em 2D, e compilados em fitas-cassetes se tornaram uma verdadeira febre entre os jovens. De acordo com as empresas responsáveis pelos consoles, o Atari 2600 vendeu 30 milhões de unidades, o Mega Drive 35 milhões e o NES mais de 60 milhões de unidades, além disso, o Game Boy, console portátil da Nintendo, vendeu incríveis 118 milhões de unidades em suas duas versões.
“Apesar de hoje olharmos para estes consoles como clássicos, eles são a representação de algo muito bem feito com o que se tinha disponível na época. A tecnologia com certeza evoluiu, com processadores velozes, mais memória disponíveis nos consoles, entre outros elementos, porém estas empresas revolucionaram o modo de se divertir a partir dos jogos” explica João.
A chegada de gigantes da tecnologia no mercado de consoles
Os anos 90 representaram uma ruptura no sistema tradicional de videogames antes dominados por Nintendo e Sega. Em 1994, a Sony, empresa de tecnologia japonesa lançava ao mercado o primeiro Playstation, que contava com a tecnologia de CDs, diferentemente de seus concorrentes diretos, além do auxílio do Memory Card, utensílio que permitia ao jogador salvar sua progressão nos jogos, dando a possibilidade de não perder suas conquistas e experimentar ainda mais os jogos lançados.
Clássicos como Resident Evil, Gran Turismo, Final Fantasy, Silent Hill, e Winning Eleven são apenas alguns dos poucos exemplos que marcaram uma geração inteira de jogadores e tornaram o Playstation um sucesso comercial de vendas, com 102 milhões de unidades vendidas.
Outra empresa que entrou no mundo dos jogos poucos anos após a Sony foi a Microsoft, empresa de tecnologia norte-americana liderada por Bill Gates, que lançou em 2001 a primeira versão de seu console, o Xbox.
Desde então, Sony e Microsoft protagonizam a liderança do mercado de videogames, lançando consoles que foram extremamente bem sucedidos, como o Playstation 2, o videogame mais vendido da história, o Playstation 4 e Xbox 360, elevando o nível das tecnologias embutidas nos consoles a cada geração.
“Hoje vemos os consoles não apenas como elementos que rodam jogos, mas como um utensílio tecnológico de entretenimento que pode nos conectar à internet, serviços de streaming e televisão. Então, além disso, temos o avanço tecnológico, com a velocidade dos processadores atuais, discos rígidos cada vez mais rápidos e arquiteturas que proporcionam aos desenvolvedores extraírem o máximo destes videogames para os jogos”, comenta o especialista.
Futuro na nuvem
Os próximos anos prometem ser muito interessantes para o setor de videogames, apesar de os consoles ainda apresentarem forças de vendas, o sistema de jogos em nuvem, por streaming tem concentrado cada vez mais adeptos.
Esta possibilidade exclui a necessidade do console físico, possibilitando ao usuário que com apenas uma conexão estável e rápida com a internet, os jogos sejam transmitidos por navegadores de internet, Smart TVs, Smartphones, Tablets, e computadores pessoais.
“O streaming vem dominando diversos aspectos de entretenimento, como músicas e filmes, e a entrada dos jogos neste sistema, com auxílio da nuvem, pode tornar os jogos como um todo muito mais acessíveis para aqueles que não podem adquirir os consoles”, finaliza o head de tecnologia.
Sobre O Matuto Programador
Top Voice do Linkedin, João Gabriel é head de tecnologia na Ideen. Formado em Sistemas da Informação pela Fundação Santo André e em Big Data – Inteligência na gestão de dados pela escola Politécnica da USP, possui mais de 14 anos de experiência na área. Atualmente é seguido por mais de 90 mil pessoas no Linkedin, além de conduzir o podcast 404 no Youtube e ser fundador da Compass Tech, empresa de recrutamento de tecnologia.