Adriana Machado, da Ascom – SSP/DF

 

Após o recebimento das vacinas contra Covid-19, que ocorreu na última segunda-feira (18), golpistas têm se aproveitado da situação para aplicar golpes por meio do aplicativo WhatsApp. Apesar do motivo ser novo, esse tipo de crime já vinha sendo cometido no Distrito Federal. O aumento nos registros de crimes dessa natureza durante a pandemia motivou a Polícia Civil do DF (PCDF) a lançar uma cartilha para orientar a população.

 

A Secretaria de Saúde (SES) fez uma alerta para que o brasiliense se atentasse ao golpe. De acordo com a pasta, os suspeitos se passam por servidores de saúde e ligam para vítimas oferecendo um falso agendamento para vacinação contra a Covid-19. Em seguida, mandam um código para o celular da possível vítima e pedem que ela informe um código enviado ou clique em algum link.

 

“Com a confirmação, seja acessando um link ou confirmando o agendamento por meio de código enviado, o criminoso acessa o WhatsApp da vítima e envia mensagens aos contatos, pedindo que sejam feitos depósitos em contas, que geralmente não são do DF. Este é um golpe antigo, mas que está sendo aplicado de forma diferente”, explica o delegado da Coordenação de Repressão aos Crimes Contra o Consumidor, a Propriedade Imaterial e a Fraudes (CORF), Wisllei Salomão.

 

O delegado faz orientações para evitar cair nesses golpes. “Os órgãos de saúde não fazem esse contato, como tem sido massivamente divulgado, tanto por órgãos locais como federais. Geralmente os golpistas tentam convencer a vítima com uma conversa longa ou ainda dizendo que está em apuros. Se estiver realmente em dúvida sobre a veracidade do pedido, faça uma ligação convencional para confirmar ser realmente trata-se de amigo ou parente”. Ele completa dizendo que é importante retirar o contato clonado de grupos de WhatsApp, para que o criminoso não tenha acesso à rotina da vítima e amigos e parentes sejam avisados, por meio das redes sociais ou telefonemas.

 

Cartilha

A PCDF lançou ano passado, por meio da CORF, uma cartilha para evitar que a população seja vítima de estelionatos virtuais e por meio do telefone. As orientações têm caráter preventivo e pode ser acessada neste link.

Além do WhatsApp, a cartilha orienta para outro golpe, em que um voucher/cupom de descontos em restaurante é enviado. Neste formato, o criminoso entra em contato com a vítima via direct, no Instagram, se passando por representante de um restaurante de sua preferência. Após breve conversa, um link é enviado com um suposto voucher/cupom de desconto à vítima. Após acessar o link, é possível coletar os dados no celular da vítima.

Outro golpe especificado na cartilha é o de investimentos. Neste, os criminosos usam pessoas jurídicas com aparente credibilidade para oferecer investimentos pessoais com ganhos e taxas de juros acima dos comumente praticados no mercado.

Por fim, o golpe do falso motoboy, em que a vítima recebe ligação telefônica supostamente da área de segurança do banco e é questionada sobre uma compra realizada com seu cartão de crédito. Ao explicar que, para comodidade do cliente, um funcionário da agência, devidamente identificado com crachá, irá comparecer à residência da vítima para buscar o cartão de crédito cancelado e também uma declaração de não reconhecimento de compra. Na posse do cartão, o criminoso realiza saques.

 

Importância da denúncia
Em qualquer situação, a PCDF reforça a importância do registro de ocorrência, seja presencialmente ou ainda pela Delegacia Eletrônica. “Em qualquer circunstância, reiteramos a necessidade do registro policial, para que a polícia investigue e consiga prender até mesmo quadrilhas que cometem esses crimes”, finaliza o delegado.

 

Edição: Camila Vidal

 

Fonte: SSP/DF