Responsável pela gestão da rodovia e pela cobrança do pedágio na BR 060, a concessionária Triunfo precisa se adaptar à era digital ou, quem sabe, pagar o imposto da máquina de cartão que 80% dos empresários brasileiros pagam para receber pela venda de suas mercadorias e serviços.Na última segunda-feira (06), estávamos indo para Goiânia cobrir a posse da nova Secretária do Entorno no Palácio Pedro Ludovico, de carro, na adrenalina de não perder o evento, eu e o jornalista Eldo Gomes esquecemos de um pequeno detalhe: o dinheiro em espécie para pagar os dois pedágios que são cobrados do DF até Goiânia. Ao chegar no local, fomos convidados a fazer o retorno (voltando para Abadiânia, exatamente 18 km) para sacar dinheiro e pagar R$6,00, caso quisesse chegar ao nosso compromisso de trabalho agendado.Foi quando, na chuva, desci do carro e pedi R$10,00 para um caminhoneiro e paguei para ele com PIX. Aliviados por termos conseguido passar, lembramos que teríamos outro pedágio para pagar mais à frente. Não achamos um banco 24h nos municípios que passamos. Ao pararmos para abastecer, foi a vez do jornalista Eldo Gomes pedir R$7,00 a outra motorista. Dinheiro temos, mas por algum motivo, a empresa triunfo nos obriga a tê-lo em espécie, em plena era digital.Ao conversar com algumas pessoas confirmamos que isso acontece com frequência, mas não com jornalistas que não guardam segredo, nem quando o assunto é apenas poucos reais. Fica a pergunta: o nosso direito de ir e vir, cadê? Temos que pagar, claro, mas a empresa Triunfo pode nos obrigar a ter dinheiro em espécie na carteira? De qualquer forma esquecimentos acontecem, mas a Lei pode ajudar a melhorar a qualidade de vida das pessoas.Fica a dica para que um projeto de lei seja elaborado com a justificativa que cartão e Pix é dinheiro. No caso do PIX, a transferência on-line é feita em segundos.
Cris Oliveira
