Salvação para viabilizar reuniões por videoconferência em tempos de quarentena, a plataforma Zoom chegou a registrar 200 milhões de acessos por dia no mês de março. Antes da pandemia, a média de acessos diários era de 10 milhões. Com sucesso e o boom no número de usuários, fragilidades enquanto a segurança dos dados dos usuários do aplicativo não demoraram a aparecer, gerando um estado de alerta em todo o mundo.

O FBI orientou, no final de março, que as pessoas evitassem fazer reuniões públicas pelo Zoom e não compartilhassem links de videoconferências pelas redes sociais. O aplicativo é o mesmo adotado para realização das sessões remotas da Câmara Legislativa do Distrito Federal e nas reuniões das Comissões Permanentes da Casa. Na última segunda-feira (6), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu o uso do aplicativo. A orientação foi para que os colaboradores desinstalassem o aplicativo de computadores e celulares e alterassem suas senhas o quanto antes.

Em carta aberta ao criador do aplicativo, o chinês Eric Yuan, o grupo de direitos humanos Acess Now afirmou que dada a crescente base de usuários do Zoom é imprescindível que seja emitido, periodicamente, um relatório de transparência. O documento afirma que o Zoom conquistou, nos três primeiros meses desse ano, mais usuários do em 2019 e ressalta que a crescente demanda dos serviços faz do aplicativo um alvo de hackers. “Enquanto as pessoas se reúnem on-line, essas assembleias serão examinadas por autoridades que buscam controlar o fluxo de informações” alerta a carta.

Em resposta publicada em seu site, o Zoom justificou que coleta apenas os dados de indivíduos necessários para fornecer o serviço e garantir que ele seja entregue efetivamente sob uma ampla variedade de configurações, esses dados incluiriam informações técnicas básicas, como endereço IP do usuário, detalhes do SO e detalhes do dispositivo. “O Zoom implementou salvaguardas para proteger a privacidade de nossos usuários, que incluem controles robustos e validados para impedir o acesso não autorizado a qualquer conteúdo que os usuários compartilhem durante as reuniões. Temos controles de acesso para impedir o acesso não autorizado às gravações de reuniões salvas em nossa nuvem. É importante ressaltar que o Zoom não extrai dados do usuário nem vende dados de qualquer tipo a ninguém” finalizou.

Redação