Autores de crimes ambientais descobrem a importância de respeitar o meio ambiente. Uma parceria do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) e do Instituto Brasília Ambiental (Ibram) tem adotado uma nova maneira de tratar autores de crimes ambientais de menor e de médio potencial ofensivo, com a participação em curso de educação ambiental. Nos dias 26 e 27 de junho, foi realizada a terceira edição deste ano do Curso de Formação em Agente Socioambiental, com a presença de sete alunos, no Parque Recreativo Sucupira, em Planaltina.

A atividade é destinada a infratores de crimes ambientais que comportam os benefícios da transação penal e da suspensão condicional do processo, nos termos da Lei 9.099/95. Eles são obrigados a participar de atividades e cursos de educação ambiental, uma forma de reparar os erros e, mais que isso, tornarem-se parceiros na defesa do meio ambiente.

A promotora de Justiça Eurilene Manso destaca que os resultados têm se mostrado cada vez mais satisfatórios: “Com isso, não tem havido reincidências de crimes ambientais. Como agentes socioambientais, eles ajudam a promover a defesa e a conscientização em suas comunidades”.

Os instrutores são agentes de parques do Ibram e especialistas das áreas de Fiscalização, Licenciamento, Educação Ambiental e Jurídico. Assim, os participantes também conhecem a dimensão do trabalho que envolve a defesa do meio ambiente no DF, observa a procuradora Jurídica do Ibram, Lorene Raquel de Souza. “O sentimento que percebemos é que eles entenderam esse recado e é especialmente gratificante ver a satisfação ao receberem os diplomas de agentes socioambientais”, completou.

Desde o início da parceria, em novembro de 2017, já foram formadas quatro turmas. Nas aulas, os participantes conhecem como funciona o bioma Cerrado, suas fragilidades e importância, a ameaça sofrida pelas bacias hidrográficas, os riscos de novas crises hídricas e outros desastres ambientais, e participam de oficinas práticas de plantio de mudas nativas, além de trilhas educativas. O grupo também participou de atividades na Estação Ecológica das Águas Emendadas (Esecae), em Planaltina, local considerado o berço das águas das principais bacias do Brasil.

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Fonte: Ascom MPDFT