A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo promoveu, na manhã desta segunda-feira (28), sessão solene em comemoração aos 40 anos da Central Única dos Trabalhadores (CUT), organização que defende e preserva os direitos da classe trabalhadora. A cerimônia foi solicitada pelo deputado Luiz Claudio Marcolino (PT).
Na ocasião, Marcolino disse que é um orgulho ter os sindicatos organizados com uma Central combativa, que nasceu não só para combater a ditadura militar, mas, também, para lutar por igualdade e para preservar e garantir os direitos dos trabalhadores. “Durante a ditadura, não tínhamos o direito à livre organização e nossa Central sindical nasce, justamente, a partir da intervenção dos bancários, metroviários e metalúrgicos. Então, é um orgulho ter uma Central sindical com essa característica, que completa 40 anos e organiza categorias importantíssimas”, declarou o parlamentar. De acordo com o secretário-geral da CUT nacional, Aparecido Donizeti da Silva, a Central é a 5ª maior do mundo e a maior do Brasil, com 3.960 sindicatos filiados, representando todos os setores produtivos do país, seja do campo, comércio, serviço, setor privado ou funcionalismo público. “O desafio para esses 40 anos é o que um novo mundo de trabalho está representando, que são os trabalhadores que atuam em aplicativos e plataformas”, destacou. Já a secretária-geral da mulher trabalhadora, Junéia Batista, destacou que as mulheres da CUT conquistaram a paridade sindical em 2012 e que, neste ano (2023), elas querem debater uma igualdade mais empoderada, com mais participação. “Outro debate é a questão do combate à violência e ao assédio, tanto é que nós aprovamos um protocolo em 2020”, ressaltou. “Tive o prazer de acompanhar a luta da CUT, porque eu era funcionário do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. A CUT é, para mim, uma referência muito importante. Por isso, é fundamental que a gente tenha parlamentares comprometidos com a luta dos trabalhadores e, por isso, quero dizer que a Bancada PT, PV e PC do B está comprometida com a luta sindical aqui nesta Casa”, contou deputado Paulo Fiorilo. História da CUT Fundada em 28 de agosto de 1983, a entidade nasceu em plena ditadura militar para combatê-la. Baseada em princípios de igualdade e solidariedade, para organizar, representar sindicalmente e dirigir a luta dos trabalhadores e trabalhadoras da cidade e do campo, do setor público e privado, ativos e inativos, por melhores condições de vida e de trabalho e por uma sociedade justa e democrática. A organização tornou-se referência nacional e mundial de luta pela classe trabalhadora. Além disso, ela possui uma trajetória de lutas e conquistas históricas que mudaram o país e ajudaram a restabelecer e fortalecer a democracia e a soberania. Organizar a classe trabalhadora em todas as regiões do país foi uma prioridade da primeira direção da CUT. O Estado de São Paulo foi a primeira Estadual da CUT a ser criada, em 29 de abril de 1984. Encerramento Presenças A cerimônia também contou com a presença do primeiro-secretário do Parlamento Paulista, deputado Teonilio Barba (PT), e de representantes de alguns sindicatos, tais como o dos Servidores de Sumaré, dos Químicos, dos Bancários de Jundiaí, de São Paulo, da Região do ABC (Santo André, São Bernardo do Campo e São Caetano), dentre outras associações do ramo. |