A técnica em enfermagem do Hospital Regional de Ceilândia (HRC) e diretora do SindSaúde Stella Krause, em pleno exercício de sua função, foi arbitrariamente presa nesta segunda-feira (7) por tentar garantir atendimento a um paciente grave.
Portador de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e com medicação venosa O² úmida (cateter), o paciente precisou ser transferido para o Hospital Regional de Taguatinga (HRT) mas foi recusado pela equipe da unidade, que alegou falta de vaga. “Eu nem estava na escala de remoção, pois a pessoa escalada está de licença médica, mas minha chefe me pediu para acompanhar. Eu já havia até batido o ponto para o horário de almoço”, conta Stella. “Devido a falta de cadeira de rodas, fui instruída no Acolhimento a levar o paciente direto para a emergência. Foi então que começaram a questionar, dizendo que não havia vaga e me perguntando se havíamos feito algum contato prévio. Expliquei que só estava acompanhando e não sabia, pois esse contato não é de minha responsabilidade, e sim da chefia. O paciente já estava cianótico e deitado, o que não é indicado em casos de desconforto respiratório”. Ao insistir para que houvesse atendimento, Stella ouviu voz de prisão da policial Sargento Eliete. A servidora foi então conduzida até a 21° DP. Há informações de que a técnica foi machucada no braço devido à truculência da ação.
Agravante
A policial que deu voz de prisão à Stella teria ainda solicitado atendimento prioritário para um colega e uma profissional da equipe que se recusou a atender o portador de DPOC haveria assegurado que o faria caso a diretora do SindSaúde fosse retirada de sua frente.
“Assim como aconteceu com os professores durante a greve, parece que a lei do espancamento continua falando mais alto. Infelizmente a ação truculenta da polícia é mais rápida que o atendimento médico. Mais uma vez o servidor é punido por cumprir suas funções”, condenou a presidente do SindSaúde, Marli Rodrigues. “O sindicato encaminhou dois advogados criminalistas e toda a diretoria está se encaminhando para a delegacia. Todas as medidas cabíveis serão tomadas contra o abuso da polícia”, garantiu.
Ainda não há informações sobre o estado do paciente.
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Fonte:Site SindSaude