O aumento de casos de violência contra as mulheres deve fazer com que o governo da Bolívia declare um alerta nacional nas próximas semanas. A presidente interina do país andino, Jeanine Áñez, disse que vai aprovar um decreto para marcar 2020 como o Ano de Combate à Violência contra a Mulher.
Conforme o ministro da Justiça, Álvaro Coimbra, o governo está consternado com as estatísticas do ano passado, que terminou com 117 feminicídios.
Segundo o relatório da Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal) de 2018, o país registrou 128 assassinatos de mulheres.
Os números colocam a Bolívia no quinto lugar da lista de países onde mais se mata mulheres na região.
A Bolívia tem índice de 2,3 feminicídios a cada 100 mil habitantes e fica atrás apenas de El Salvador (6,8), Honduras (5,1), Santa Lucía (4,4) e Trinidad e Tobago (3,4).
E a situação tende a ficar ainda mais alarmante. A Procuradoria Geral da República informou que, apenas em 2020, já foram registrados 9 feminicídios, 685 casos de violência física e 163 de estupro. O número de mortes representa o dobro no mesmo período do ano passado.
Segundo o Ministério Público da Bolívia, a maioria das mortes ocorreu devido à asfixia causada por seus agressores. Uma morte foi por ferimentos de arma branca e outra por espancamento. Com informações da Agência Brasil.