A Argentina começou nesta terça-feira (29) a campanha de vacinação contra a covid-19. Os primeiros a serem vacinados com o imunizante russo, Sputnik V, foram os profissionais da saúde. O país é um dos primeiros a usar a vacina russa, junto com Belarus, cujo governo é aliado de Putin, que também começou a vacinação hoje.

A primeira dose foi dada no Hospital San Martín, na cidade de La Plata. Em seguida, foram imunizadas uma funcionária da equipe de limpeza da unidade e um médico.

A expectativa era de início da vacinação em todo o país de funcionários do setor da saúde, com um lote de 300 mil agentes imunizantes que chegaram na última quinta-feira.

O governador de Buenos Aires, Axel Kicillof, também recebeu a primeira dose da vacina. O político, que é do mesmo grupo do presidente argentino, Alberto Fernández, afirmou que se tratava de uma forma de mostrar a segurança da vacina russa.

Na cidade de Buenos Aires, que é governada pelo oposicionista Horacio Rodríguez Larreta, a vacinação começou no Hospital Argerich, com a imunização de uma enfermeira, uma bioquímica, uma médica, uma fisioterapeuta e um maqueiro.

O ministro da Saúde da Argentina, Ginés González García, acompanhou o início da campanha no Hospital Posadas. No local, cinco funcionários foram vacinados ainda nas primeiras horas da manhã.

Hoje, o processo de imunização começou de forma simultânea em 24 distritos do país. A província de Buenos Aires, a mais povoada, foi a que mais recebeu doses, no total de 123 mil. Depois, vieram as províncias de Santa Fe, com 24,1 mil; e Córdoba, com 21,9 mil.

 

Nas semanas seguintes, a campanha seguirá com o restante da população, de forma progressiva, primeiro com adultos com mais de 70 anos, depois de faixa de 60 a 69 anos, pessoal das Forças Armadas e outras forças de segurança, e daí por diante.

Além da Argentina, México, Chile e Costa Rica são os primeiros países da América Latina a começarem a vacinação contra a covid-19.

A Rússia foi o primeiro país no mundo a registrar uma vacina, em agosto, depois de polêmicas de que o país teria roubado pesquisas de outros países.

R7