A Justiça do Rio de Janeiro informou que houve um aumento de 50% no número de casos de violência doméstica no estado durante o período de confinamento em razão do surto do novo coronavírus.
Segundo reportagem do jornalista Pedro Bassan, exibida no RJTV, da Globo, na noite de segunda-feira (24), a maioria das pessoas que buscou o Plantão Judiciário na última semana foi de mulheres vítimas de violência dentro de casa.
“Representa cerca de 70%, 80% da demanda do plantão. Infelizmente são mulheres que estão precisando aí de uma proteção imediata, de alguma medida protetiva”, disse Adriana Mello, juíza titular da Vara de Violência Doméstica.
A juíza alertou que o plantão judiciário está funcionando normalmente 24h. “Esse é um momento que os ânimos ficam mais acirrados, precisamos de ter muita calma, mas muitas mulheres podem estar correndo um risco de sofrer uma violência mais grave e até mesmo um feminicídio”, alertou.
Na Paraíba, medidas estão sendo tomadas para monitorar o possível aumento de feminicídio. A Casa Abrigo Ariane Taís e o Programa Integrado Patrulha Maria da Penha vai funcionar normalmente mesmo diante da pandemia.
“A Casa Abrigo, por razões óbvias, já era de mulheres que estavam confinadas em função de terem sofrido violência severa. Então nós mantivemos a casa, que tem a equipe multidisciplinar, e também equipes de enfermagem que fazem esse acompanhamento”, informou a secretária da Mulher e da Diversidade Humana do estado, Lídia Moura, à jornalista Cida Alves, do Brasil de Fato.