O medicamento levetiracetam é a nova aposta do Ministério da Saúde para melhorar a qualidade de vida de pacientes, em especial daqueles que dependem de pelo menos dois anticonvulsivantes para inibir e controlar as crises convulsivas.

 

Com a decisão publicada em 5 de dezembro no Diário Oficial da União, por meio da Portaria SCTIE/MS nº 56, o levetiracetam estará disponível à população em até 180 dias. De acordo com as evidências científicas analisadas pela CONITEC, esse medicamento é eficaz na prevenção e no controle de crises convulsivas, com um mínimo de efeitos indesejáveis, sendo indicado, especialmente, nos casos em que o paciente não responde bem ao uso de apenas um tipo de anticonvulsivante, tendo que usar um ou mais antiepiléticos para conter as crises.

A epilepsia é uma desordem crônica neurológica e as crises convulsivas, provocadas por descargas elétricas cerebrais anormais, são o seu principal sintoma.

 

Uso do medicamento

O levetiracetam é comercializado nos Estados Unidos desde 2000, e, no Brasil, desde dezembro de 2015. Agora, vai ser oferecido pelo SUS, pois há evidências de sua eficácia e segurança para tratamento de pacientes com crises convulsivas simples ou complexas e para adultos e crianças com mais de 6 anos de idade que não respondem ao tratamento com apenas um tipo de anticonvulsivante.

Duas outras portarias já foram publicadas este ano, incorporando o levetiracetam na rede pública de saúde para mais duas indicações: tratamento de convulsões em pacientes com microcefalia e tratamento de pacientes com epilepsia mioclônica juvenil, uma forma de epilepsia que ocorre na adolescência e tem relação com a história familiar dos indivíduos.

 

Texto: Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS