O câncer de pele é o mais incidente no Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). A média é de 181 mil novos casos por ano. E existem três tipos mais comuns: carcinoma basocelular, carcinoma espinocelular e o mais grave deles, o melanoma. A doença pode aparecer, por exemplo, em forma de uma cicatriz mais funda, ou como pequenas pintas, pintas que já existiam e mudaram de cor ou cresceram, e as que sangram.
“Qualquer mancha ou ferida com essas caraterísticas são sinais de alerta para que a pessoa procure um médico”, explica a dermatologista Christiana Modenese. Ela ressalta que o ideal é que, ao menos uma vez por ano, as pessoas busquem uma consulta com essa especialidade para avaliar a pele, principalmente os adultos. Esta é a meta do Dezembro Laranja, campanha da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Cuidados em todas as idades
Os cânceres de pele, com exceção do melanoma, são mais frequentes na população adulta porque dependem mais da exposição solar. Já o tipo melanoma também pode ser causado, além da exposição solar, por fatores genéticos. Portanto, apesar de ser mais comum em adultos, a doença pode afetar recém-nascido, criança, jovem, adulto ou idoso. E mesmo com maior incidência em pessoas de pele clara, todos precisam se prevenir.
Para qualquer idade e tipo de pele, os cuidados são os mesmos: evitar a exposição excessiva aos raios solares, principalmente entre às 10:00 e as 16:00, em todas as estação do ano. E, quando for se expor, usar protetor solar e protetores físicos, como boné e roupas frescas, com mangas e tecidos específicos, já com filtro solar.
Outra dica é dada pela dermatologista: “É importante que as pessoas se autoexaminem, lembrando-se de olhar lugares como as costas, as coxas”, ressalta Christiana Modenese. Além da médica, Sandra também dá conselhos. “Só a partir do câncer entendi a importância de que a gente se previna, tenha cuidados com a proteção da pele, a exposição ao sol. E consulta ao menos uma vez por ano também fazer parte”, destaca.
Tratamento
A dermatologista alerta sobre o perigo da automedicação no caso do câncer de pele. “O que o paciente consegue com isso é aumentar a lesão e dificultar o diagnóstico. Às vezes a automedicação mascara a lesão”, esclarece Christiana Modenese.
Assim como outros tipos de câncer, as chances de cura são altas se o diagnóstico da doença for precoce. As várias formas de tratamento estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS) e variam de acordo com o paciente e o tipo de tumor.
Texto: Blog da Saúde