O encontro entre Kim Jong, da Coréia do Norte, e Moon Jae In, da Coréia do Sul, está sendo considerado um evento histórico, com os dois líderes se comprometendo a decretar o fim oficial da Guerra da Coréia, que começou nos anos 1950. Eles agora estão se comprometendo a estabelecer um acordo “permanente” e uma paz “sólida”.
A declaração conjunta incluiu promessas de buscar a redução progressiva de armas, cessar atos hostis, transformar sua fronteira fortificada em uma zona de paz e buscar negociações multilaterais com outros países, inclusive os Estados Unidos.
“Os dois líderes declaram solenemente diante dos 80 milhões de coreanos e do mundo inteiro que não haverá mais guerra na península coreana e que, em consequência, uma nova era de paz começou”, disseram eles.
Este é o primeiro passo em um longo caminho depois de anos de crescente tensão após a aquisição de armas nucleares de longo alcance pela Coréia do Norte, mas isso não é resultado apenas da diplomacia. Segundo os pastores sul-coreanos, a igreja vem orando pela unidade da península dividida há décadas.
A Conferência Coreana sobre Religião e Paz, que faz uma campanha constante pela reunificação, emitiu um comunicado dizendo: “Desde as Olimpíadas de Inverno de 2018, temos testemunhado sinais positivos de paz na região, que esperamos que floresçam como as flores na primavera. Pedimos ao governo norte-coreano que use esta oportunidade perfeita para acabar com a divisão e quebrar os grilhões que limitaram e restringiram esta terra por mais de 70 anos. Esperamos sinceramente que a Coréia do Norte prepare o caminho para que o povo coreano viva junto”.
Na quinta-feira (26), em uma igreja na cidade de Paju, ao sul da fronteira, 30 pastores realizaram uma vigília de oração durante toda a madrugada para o sucesso da cúpula.
O Conselho Nacional de Igrejas da Coréia realizou cultos de oração especiais, clamando pela paz na península, todos os dias na última semana. Um grupo de políticos cristãos realizou um dia de oração e jejum pela reunificação nos edifícios da Assembleia Nacional.
Bispos católicos da Coreia do Sul fizeram um apelo para que os fiéis orassem pelas reuniões no início deste mês. O bispo Peter Lee Ki-heon, presidente da Comissão dos Bispos Católicos Pela Reconciliação do Povo Coreano, escreveu “Há uma expectativa crescente de que uma nova era de paz nesta terra virá após o longo confronto de 65 anos”.
Classificou a aproximação como “um milagre inimaginável até seis meses atrás”. Há muitas razões pelas quais essa mudança dramática aconteceu, mas acho que a primeira e principal razão é a desesperada oração dos fiéis. Deus respondeu às nossas orações com esta valiosa oportunidade”, escreveu ele em um comunicado.
Em Seul, o cardeal Andrea Yeom, que serve como o ‘administrador apostólico’ de Pyongyang, onde a prática religiosa é severamente restrita, enfatizou a tenacidade dos cristãos. Uma missa especial de reconciliação é celebrada toda terça-feira há 23 anos. Esta semana, o cardeal falou de um “vento de paz” soprando na península e disse que a cúpula era “uma preciosa oportunidade de graça que Deus oferece ao nosso povo que anseia profundamente pela verdadeira paz”.
Em 19 de abril, o Conselho Nacional de Igrejas da Coréia (NCCK) realizou um culto ecumênico pela paz na Península Coreana na Igreja Presbiteriana Yeondong, em Seul, com a participação de cerca de 400 pessoas. No próximo domingo (29), as igrejas membros do Conselho recolherão uma oferta especial para financiar projetos de paz e intercâmbio intercoreano. Com informações Christian Today