Pode até ser que a representatividade feminina no universo corporativo tenha aumentado nos últimos tempos, mas ainda há barreiras para a ascensão das mulheres, principalmente devido à discriminação de gênero. Segundo Pesquisa realizada pela Grant Thornton, empresa global de auditoria, consultoria e tributos, as mulheres ocupam apenas 38% dos cargos de liderança no Brasil.
Autora do livro Mulher Executiva – 21 erros a serem evitados para alcançar o sucesso profissional, a mestre em Administração de Empresas e Recursos Humanos, Lourdes Rosalem fez parte das estatísticas de mulheres com carreira exitosa. Tanto que recebeu o título de primeira mulher diretora de Recursos Humanos, em uma empresa com mais de 300 anos.
A partir da própria história, experiência de mercado e conhecimentos acadêmicos, Lourdes quer contribuir para que mais mulheres ascendam e deixem seu legado para as próximas gerações de profissionais. Confira abaixo cinco erros comuns cometidos pelo público feminino no trabalho e o que fazer para mudar o cenário.
1. Ser modesta demais: minimizar as próprias conquistas pode não ser um bom caminho para a ascensão na carreira. Por isso, aceite os elogios, reconheça que por trás daquela conquista teve muito trabalho duro e determinação da sua parte. Tente não dizer: “foi sorte”, “fulano me ajudou” ou até “não fiz mais que a minha obrigação”. Diante de bons resultados, agradeça os elogios e, mais que isso, faça um arquivo de méritos com avaliações de performance para voltar sempre que se sentir incapaz ou quando precisar de uma “injeção de ânimo”.
2. Ter necessidade de ser querida: não há nada errado em ser uma profissional educada, mas não exagere na necessidade “ser querida”. Se preocupar demais com os outros e não saber negar demandas, podem leva-la à “síndrome da boazinha”: achar que deve fazer tudo o que os outros esperam de você. Há uma grande diferença entre ser querida e ser respeitada; veja, para ser respeitada não precisa e nem deve manipular ninguém com atitudes boazinhas, mas sim com atitudes de justiça, de certo e errado. Entenda que nem todos podem gostar de você ou aprovar suas atitudes.
3. Usar apelido em vez do nome: você já ouviu algum executivo ser chamado pelo diminutivo do seu nome ou por um apelido. Para impor certo respeito, autoridade, procure se apresentar para superiores ou pessoas que não conhece com seu nome e sobrenome bem pronunciados. Isso abre caminho para ser reconhecida como uma pessoa adulta, uma profissional de nível elevado. Se alguém te chamar pelo diminutivo, corrija sutilmente repetindo o nome pelo qual você prefere ser tratada.
4. Falar muito alto ou baixo: já prestou atenção ao tom da sua voz? Ela pode transmitir muito sobre a sua personalidade e podem ser fundamentais para o sucesso da sua carreira. À medida que o tom de voz aumenta, a credibilidade baixa – isso geralmente acontece em estados de tensão. O tom de voz muito alto é autoritário e invasivo, pode causar interpretações equivocadas. O contrário também é um erro. Falar em tom baixo demais, que para muitas remete a educação, pode denotar incerteza, insegurança ou mesmo desânimo. Por isso, observe-se e grave sua voz para avaliar. E não confunda falar com firmeza com falar alto; evite também gestos exagerados.
5. Ser porta-voz dos outros: apesar de ser um belo ato, mulheres têm o hábito de se protegerem, mas lembre-se, o local de trabalho não é uma tribuna, portanto, não se envolva em causas que não são suas. Não use seu espaço para assumir culpas desnecessárias e se for acusada de erros que não lhe pertencem, não hesite em apontar o verdadeiro responsável – trabalhar com transparência e clareza é a melhor escolha.
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Sobre a autora: Lourdes Rosalem é mestre em Administração de Empresas e Recursos Humanos, Pós-graduada em Propaganda e Marketing pela ESPM, graduada em Psicologia e certificada em Projetos pelo PMI, com diversas especializações em Coaching, Mentoria e Master Coaching. É Mentora de Carreira há mais de 15 anos, com Know-how prático adquirido ao longo dos seus 40 anos em empresas de grande porte, dos estudos acadêmicos, da experiência como Professora de MBA e Pós-graduação no IBMEC.
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