O desafio de falar de amores, afetos, relações de diversos tipos, sem recorrer a clichês e à ficção, norteia o processo de realização da série documental “O que eu quero dizer quando falo de amor”. Há 4 anos a Kilomba Produções iniciou esta jornada; colocar pessoas negras como protagonistas de narrativas sobre o amor, com espaço para a participação de pessoas não-negras.
O projeto, que está em fase de captação, é composto por cinco episódios de 45 minutos cada. O projeto coloca na tela temas delicados e complexos. Vivências de famílias interraciais, relações abertas, amor, sexualidade, sexo, paternidade presente, na perspectiva das pessoas negras. O projeto é vencedor do edital de desenvolvimento de roteiro da Rio Filme 2021. Tem sua equipe composta principalmente por pessoas negras, em todas as etapas do processo.
Uma das entrevistadas para o teaser da série, Mãe Celina de Xangô, iyalorixá e gestora cultural, ressalta: “Amor é uma palavrinha desse tamanhinho que representa algo enorme. Estar nessa série e poder tocar nesse assunto, pouco falado, é responsabilidade, tem tudo para dar o que falar e é para falar mesmo, para entender as várias formas de amar, muito mais que o amor romântico. Isso pode ajudar alguém que ainda tem esperança de que algo se modifique na vida dela. Às vezes, numa situação miserável, basta uma palavra. Espero que essas formas de afeto, carinho, cheguem a quem mais precisa, para quem não tem acesso a muita coisa, fora de grandes centros.”
“O projeto nasce depois de várias rodas de conversas com amigues, – quando você foi convocado para falar de amor? A maioria de nossos amigos é chamado para falar das lutas das batalhas. Amor, afeto, tesão, são assuntos onde nossas corporalidades são excluídas. Somos agora os narradores dos nossos afetos e falamos sem temor do mais nobre dos sentimentos; o amor.”, assim a diretora Natara Ney relembra como surgiu a ideia da série.
A partir dessa premissa constrói o documentário seriado, que traz respostas à pergunta inicial “O que eu quero dizer quando falo de amor” e, além de suas presenças e vozes, a narrativa inclui imagens, sons, música, material de arquivo, registros, representações de memórias e emoções para ocupar a tela e os imaginários. A emergência de debates sobre amor negro, amor afrocentrado, paternidade negra responsável, também forma o cenário para que a série venha agregar às discussões.
MOSAICO – A Kilomba Produções se propõe a formar um mosaico composto das entrevistas e imagens de cotidiano das personagens, mais as contribuições de convidados e convidadas sobre os temas de cada episódio. Além disso, o roteiro prevê a inserção de outros elementos, como explica a produtora Erika Candido: “Temos um mosaico de imagens, sons, depoimentos, registros, que redimensionam os temas abordados em cada episódio, com diversas camadas de informações e sensações com referências visuais, sonoras, memórias, para cada tema. Um mosaico para mostrar muitos ângulos das experiências afetivas”.
O público-alvo de “O que eu quero dizer quando falo de amor” são pessoas interessadas em discutir, pensar e entender as condições de vida da população negra na sociedade brasileira, com destaque para a construção da afetividade, além do público estudioso do tema da negritude e seus muitos afluentes. Trata-se de um projeto que servirá de base de dados para outras narrativas e discursos. Ao trazer para as telas o protagonismo negro amoroso também vem respostas e vozes que podem reposicionar o tema na própria comunidade e dar visibilidade a essas experiências.
CAPTAÇÃO – No momento a Kilomba Produções está em processo de captação de recursos para iniciar as filmagens ainda em 2023. Já foram realizadas algumas gravações e, a partir da edição de primeiras entrevistas, foi produzido um teaser para apresentação do projeto e divulgação no Instagram da produtora.
EQUIPE – Esse projeto envolve todo o time que responde diretamente pela Kilomba Produções em cada etapa, desde a idealização, um processo iniciado há cerca de 4 anos. A direção da série é de Natara Ney, a Erika Candido, assina a direção de produção, e Monique Rocco é responsável pela produção executiva. O roteiro conta com a supervisão do roteirista Elisio Lopes, e com Natara Ney e uma equipe de jovens roteiristas, que conta com Bruno Victor na assistência de roteiro e Evandro Conceição na pesquisa.
Ficha técnica – Teaser
Direção e Supervisão de Montagem – Natara Ney Nunes
Produção Executiva – Monique Rocco
Direção de Produção – Erika Candido
Assistência de Produção – Eluá Rezende
Direção de Fotografia – Paula Monte
Som Direto – Pedro Moraes
Montagem – Raquel Beatriz
Catering – Djane Cristina
Locação – Centro Cultural Capiberibe 27
Motorista – Eduardo Expósito
Agradecimentos especiais: Gabrielle Ribeiro, Cátia Suzart, Ualace Durvilho, China Miotto, Nathalia Guaglini e a Bell hooks – por tudo sempre
Entrevistades
Airá O Crespo
Dom Filó
Izabella Suzart
Mãe Celina de Xangô
Marah Silva
Naomi Savage
SERVIÇO: Teaser da série “O que eu quero dizer quando falo de amor”
Link do Teaser: https://www.instagram.com/p/CsAHmyMp2RH/
Ficha técnica
Direção e Supervisão de Montagem – Natara Ney Nunes
Produção Executiva – Monique Rocco
Direção de Produção – Erika Candido
Assistência de Produção – Eluá Rezende
Direção de Fotografia – Paula Monte
Som Direto – Pedro Moraes
Montagem – Raquel Beatriz
Catering – Djane Cristina
Locação – Centro Cultural Capiberibe 27
Motorista – Eduardo Expósito
Agradecimentos especiais: Gabrielle Ribeiro, Cátia Suzart, Ualace Durvilho, China Miotto, Nathalia Guaglini e a Bell hooks – por tudo sempre
Entrevistades
Airá O Crespo
Dom Filó
Izabella Suzart
Mãe Celina de Xangô
Marah Silva
Naomi Savage