A ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, nomeou Sara Winter para um cargo de coordenação dentro da Secretaria da Mulher, comandada pela ex-deputada Tia Eron. Conhecida por ser ex-feminista, Sara conversou com o Pleno.News sobre o que a Secretaria da Mulher representa e qual será seu papel na área de atenção às gestantes.
– Vamos desenvolver políticas públicas para melhorar a vida das gestantes brasileiras. A política para a maternidade é pensada desde a mulher que quer ser mãe até a mulher que perdeu seu bebê. Nós iremos colaborar, junto com o Ministério da Saúde, para melhorar o pré-natal e combater veementemente a violência obstétrica, caracterizada pelos profissionais de saúde que muitas vezes fazem uso de práticas que não são recomendadas pela OMS, como negar água, comida, ou ofender a mulher e até realizar manobras que acabam agredindo a gestante e seu bebê.
Trata-se de orientar essa mulher sobre seus direitos para que haja a humanização do parto. Para que parir não seja mais um medo da mulher gestante, mas sim um momento glorioso.
Sara também explicou como, na prática, essas mulheres poderão ser assistidas.
– Através de políticas públicas, poderemos cuidar do aleitamento materno, daquelas que não lactaram e daquelas que têm muito leite e podem doar. Queremos orientar a mulher que pensa em fazer aborto, geralmente clandestino, porque não possui condições financeiras de ter filhos, ou porque está em um relacionamento abusivo, etc. Queremos ajudar essa mãe a solucionar os problemas e fazer com que ela não interrompa sua gravidez. Isto exige medidas como ajudar com o pré-natal, orientar a mulher a sair do relacionamento abusivo, fornecer enxoval, cesta básica e outras necessidades de primeira ordem – defendeu Sara.
Sara também considera que as políticas públicas para a mulher, desenvolvidas nos governos petistas, trouxeram um cenário “caótico”.
– A Secretaria da Mulher foi aparelhada e usada como instrumento de disseminação da ideologia feminista e da ideia do aborto. As feministas chamam de políticas públicas de direito reprodutivo, mas não se reproduz nada, mata-se o bebê ao invés de salvá-lo. Hoje temos uma nova secretaria, são novos tempos. É uma secretaria que quer lutar por todas as mulheres, até aquelas que não nasceram. As mulheres são cidadãs e têm que ter seus direitos protegidos e assegurados. Trata-se de dar assistência à mulher em todas as esferas de sua vida, desde a social e psicológica até a afetiva – argumentou.
Com relação a temas delicados como o aborto e a gravidez precoce, Sara reconheceu que o assunto deve ser tratado pela Secretaria da Mulher como um todo, tendo seus dirigentes à frente da tomada de decisões. No entanto, a jovem ressalta que, dentro de seu cargo, atuará baseada no acolhimento da mulher que pensa na interrupção de sua gravidez.
– O que pretendo desenvolver com o meu cargo, aliada às minhas chefes, é propor políticas públicas e estratégias para ajudar as mulheres que pensam em fazer um aborto. Queremos proporcionar para elas um acolhimento do Estado, de forma que elas tenham meios de manter esta gestação. Já sobre a gravidez precoce, é preciso combater inicialmente a erotização infantil através de políticas voltadas para o planejamento familiar – declarou Sara.