Por Cris Oliveira
Rollemberg, o 8 de Janeiro e a Fatura que Chegou
O deputado Rodrigo Rollemberg (PSB) decidiu revisitar o 8 de Janeiro em entrevista, classificando o episódio como um golpe que impulsionou Ricardo Cappelli ao posto de interventor e, depois, ao status de queridinho do presidente Lula. Uma narrativa conveniente para quem deseja projetar a força o nome de Cappelli no centro do debate político do DF.
A parte que Rollemberg esqueceu de contar
O ex-governador omitiu justamente o mais óbvio: dentro do PT-DF, a aliança com Cappelli não é opção é obrigação.
Se vier de cima, ajoelha e reza. Simples assim.
Para quem vê de fora
O recado é claro: a fatura está sendo cobrada.
A intervenção virou capital político, Cappelli virou ativo eleitoral e Rollemberg tenta embalar tudo como defesa da democracia, mas o subtexto revela outra realidade: cobrança de dívida política atrasada. Será?
Rollemberg, o PT-DF Não Esqueceu
Está enganado quem imagina que o PT-DF apagou da memória a capa da Veja usada para sacanear Lula e Dilma em 2014. Aquilo nunca saiu do arquivo emocional do partido e muito menos dos bastidores. Por isso, quando Rollemberg fala em “ampla aliança”, a leitura interna é outra: para muitos petistas, isso soa mais como golpe do que como gesto de unidade. A conta não fechou no passado e, no presente, segue sendo cobrada com juros políticos.
Milagre da Ressurreição Tucana
O PSDB-DF, que não elege nem síndico há anos, resolveu ressuscitar sua presença no tabuleiro. Izalci Lucas saiu do modo silencioso para surgir como figurante na filiação de Paula Belmonte. O ex-presidente da legenda tenta mostrar força em um partido que perdeu voo, rumo e até pista.
Filiação com DNA de Várias Correntes Políticas
Quem achou que seria apenas um ato burocrático errou por completo. Não foi só a quadrilha Pau Melado que apareceu: o auditório virou um verdadeiro arraial político.
Recalculando a Rota
A movimentação mexeu até com Sandro Avelar. Ele deixou a presidência do PSDB-DF para dar lugar à deputada e, agora, faz seu próprio GPS político: saiu do comando de um partido de direita, ocupa hoje o cargo de secretário de Segurança Pública, posição indicada pela esquerda e, no passado, já foi candidato pelo MDB. Um giro que poucos fazem com tanta naturalidade. Diz muito sobre o momento.
Promessas para Cobrar Depois
O deputado federal Rafael Prudente entrou pesado no jogo. Se reuniu com jornalistas, prometeu, registrou e deixou claro: pode cobrar. Enquanto partidos tentam formar chapas majoritárias para gastar seus fundos partidários, Rafael avisou que está com Celina Leão e ponto final.
Qualquer “surpresinha nacional” envolvendo o MDB-DF fica cada vez mais distante.
As Nacionais e Suas Surpresinhas. Será?
Surpresa para quem acompanha de longe. Para quem conhece bastidores, era inevitável: a filiação de José Roberto Arruda ao PSD já estava escrita nas entrelinhas.
O que causa risos é a versão de que Paulo Octávio não sabia da articulação direta entre Arruda e Kassab.
Difícil colar. Surpresinha? Só para iniciantes.
Precisam Melhorar
E segue forte a lenda urbana repetida pelos “filhotes” de comunicadores políticos: fulano foi traído, sicrano perdeu apoio, partido tal virou as costas. Queridos, acordem: partidos buscam chapas majoritárias para turbinar recursos, fortalecer nominatas e garantir cadeiras no parlamento. Nada mais. Descobriram a América. E, no fim, ninguém perde o que nunca teve. Fica a dica.
A Promessa que Entrega o Final da História
De acordo com os bastidores, a promessa de Arruda a Kassab foi direta: colocar o PSD-DF de pé com uma nominata robusta para deputado federal. Nada fora do script ninguém entra nesse jogo apenas para “ajudar o partido”. Toda construção tem destino, cálculo e protagonista, e nenhum deles se esconde por muito tempo.
E, no final, ainda pode repetir o mesmo discurso da eleição passada, como se fosse novidade.
Quando os Mortos Políticos Ressurgem: O Jogo das Legendonas Recomeça
A próxima eleição no DF promete um espetáculo à moda antiga: caciques que estavam politicamente mortos agora reaparecem como se nunca tivessem deixado o palco, enquanto seus anfitriões partidários tomam legendas e reposicionam tabuleiros como quem troca peças antes do jogo começar. No DF, vale o velho bordão: “quem tem legenda, manda; quem não tem, dança” e a dança já começou. A pressão partidária cresce nos bastidores, movimentos silenciosos se aceleram e, como sempre, as surpresinhas ainda estão a caminho.
