O novo Boletim InfoGripe, divulgado nesta sexta-feira (12) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), alerta para o crescimento do número de hospitalizações por influenza A em alguns estados da Região Norte — Amazonas, Pará e Tocantins — e Nordeste — Bahia, Piauí e Ceará —, além de Santa Catarina. Já no Sudeste, a tendência é de queda, embora em ritmo mais lento no Espírito Santo e no Rio de Janeiro.

Diante do cenário, a pesquisadora Tatiana Portella, do Programa de Computação Científica da Fiocruz, reforça a importância da vacinação para os grupos de risco dessas localidades. “Qualquer sinal de piora dos sintomas da gripe, como febre persistente ou desconforto respiratório, o recomendado é procurar atendimento médico”, orienta. 

Queda geral nos casos de SRAG

De forma geral, os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) seguem em queda no país. O boletim indica que nenhuma unidade federativa apresentou incidência em nível de alerta, risco ou alto risco nas últimas duas semanas, com tendência de crescimento na tendência de longo prazo (últimas seis semanas).

Apenas quatro estados apresentam níveis de incidência de SRAG classificados como alerta, risco ou alto risco, embora sem tendência de crescimento no longo prazo: Amazonas, Espírito Santo, Pará e Roraima.

Entre as capitais, apenas Boa Vista (Roraima) registra níveis de atividade de SRAG em risco, com sinal de crescimento de SRAG na tendência de longo prazo.

Vírus associados à SRAG

O rinovírus continua sendo a principal causa de hospitalização por SRAG em crianças e adolescentes até 14 anos. O boletim também indica leve aumento de casos associados ao metapneumovírus em crianças de até dois anos.

A Covid-19, mesmo em níveis baixos em todos os estados, segue entre as principais causas de internação por SRAG em idosos nas últimas semanas.

Prevalência dos vírus entre casos e óbitos

Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, entre os casos positivos de SRAG, a prevalência foi de:

  • 41,1% – rinovírus
  • 22,9% – influenza A
  • 12,1% – Covid-19
  • 4,8% – vírus sincicial respiratório (VSR)
  • 2,4% – influenza B

Entre os óbitos confirmados no período, os números indicam:

  • 40,5% – Covid-19
  • 33% – influenza A
  • 14,6% – rinovírus
  • 1,6% – VSR
  • 3,2% – influenza B

O levantamento do InfoGripe tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe, atualizados até 6 de dezembro, e é referente à Semana Epidemiológica (SE) 49. Confira outros detalhes no link.

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