Com a proximidade das festas de fim de ano, cresce o número de famílias que incluem os pets no planejamento das férias. A escolha do destino, a seleção da hospedagem e o meio de transporte passaram a considerar o bem-estar do animal, movimento impulsionado pelo aumento de locais e serviços pet friendly no país.

Levar o pet na viagem pode proporcionar uma experiência positiva, desde que haja planejamento adequado. A confirmação de hospedagens que aceitam animais, a verificação da estrutura oferecida, a organização de documentos, os cuidados de saúde e a análise do trajeto são etapas essenciais. Para quem prefere deixar o animal sob os cuidados de profissionais, o planejamento deve ser antecipado, já que hotéis, creches e pet sitters costumam registrar alta demanda no período.
A seguir, os principais elementos que influenciam essa decisão.
1. Critério central do planejamento
Para muitas famílias, a primeira pergunta é: “Como o pet ficará durante a viagem?” A resposta costuma definir todas as demais escolhas, incluindo destino, datas, duração e forma de deslocamento.
2. Escolha do destino
Responsáveis priorizam locais com estrutura adequada para pets, hospedagens preparadas, ambientes tranquilos e acesso a áreas externas que permitam circulação segura.
3. Preocupação com o bem-estar do pet
Pets idosos, com doenças crônicas ou sensíveis a ruídos — especialmente durante o período de fogos — exigem atenção adicional. Em muitos casos, viagens longas, voos ou destinos movimentados são evitados para reduzir estresse e riscos.
4. Aspecto emocional do responsável
O estado emocional do tutor exerce influência direta na decisão. Pessoas em momentos de fragilidade afetiva podem optar por não se afastar do pet. Já quem vivencia o luto pela perda de um animal tende a buscar viagens para reorganizar a rotina e recuperar o equilíbrio emocional. A ansiedade de separação, tanto do responsável quanto do próprio pet, também integra esse processo.
5. Logística e confiança
Quando o pet não acompanha a família, a escolha de creches, hotéis ou pet sitters é determinante. A confiança no profissional ou no estabelecimento define a tranquilidade da viagem.
6. Tendência de viagens curtas e contato com a natureza
Cresce a procura por viagens curtas, principalmente de carro, para locais mais tranquilos e próximos à natureza. Esse tipo de deslocamento reduz o estresse do animal e favorece um ambiente mais confortável.
7. Impacto no orçamento
Viajar com pets altera o custo total do planejamento. Hospedagens podem ter valores mais elevados, algumas cobram taxas adicionais e há gastos específicos com acessórios, alimentação, segurança e bem-estar.
8. Mudança no conceito de descanso
O descanso passa a incluir a rotina do animal. Horários de alimentação, pausas, caminhadas e atividades ao ar livre são incorporados à programação da família.
Independentemente da escolha, a recomendação central é que o planejamento respeite as necessidades físicas e emocionais do pet. O bem-estar do animal deve orientar cada etapa para garantir uma experiência de viagem segura, equilibrada e tranquila para todos.
Sobre Juliana Sato
Juliana Sato é psicóloga graduada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, com pós-graduação em Distúrbios Alimentares pela Unifesp e certificação pela Association for Pet Loss and Bereavement, referência internacional em luto pet. Atua desde 2023 em consultoria e atendimento em saúde mental para profissionais do segmento pet vet, além de mentorias para empresas e líderes. Integra a diretoria da Ekôa Vet – Associação Brasileira em Prol da Saúde Mental na Medicina Veterinária. É coorganizadora do livro Luto Pet no Contexto da Medicina Veterinária e criadora do canal VibeZenCast, focado em saúde mental, autocuidado e bem-estar.
