A CPMI do INSS intensificou, nos últimos dias, o debate sobre a convocação de Fábio Luís Lula da Silva, conhecido como Lulinha, para prestar depoimento à comissão. O movimento ocorre diante do avanço de diligências e da ampliação das frentes de investigação relacionadas a possíveis irregularidades em entidades e sindicatos ligados ao sistema previdenciário.
Parlamentares defendem que o depoimento de Lulinha ajudaria a esclarecer pontos considerados sensíveis pela comissão, sobretudo em relação a possíveis conexões financeiras e vínculos com investigados já citados durante os trabalhos.
Articulação política pressiona pela oitiva
A convocação ainda depende de votação interna, mas o tema ganhou força após episódios recentes que ampliaram a pressão sobre o colegiado. Aliados afirmam que a presença de Lulinha é necessária para “esclarecer fatos”, enquanto a oposição argumenta que a comissão não pode restringir o escopo de apuração quando surgem novos elementos considerados relevantes.
Nos bastidores, parlamentares apontam que a eventual oitiva teria forte impacto político, ampliando a visibilidade da CPMI e aprofundando a linha investigativa que envolve pessoas próximas ao núcleo familiar do presidente.
Por que a CPMI considera o depoimento importante
Integrantes da comissão defendem que ouvir Lulinha permitiria:
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Esclarecer supostos vínculos entre investigados e figuras públicas relacionadas ao caso.
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Detalhar movimentações financeiras mencionadas em depoimentos paralelos.
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Verificar a existência de conexões diretas ou indiretas que possam ter relevância para o processo investigativo.
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Ampliar a transparência sobre transações e relações institucionais que apareceram durante a análise de documentos e quebras de sigilo autorizadas pela CPMI.
Impacto político e desdobramentos esperados
A possível convocação tende a movimentar o cenário político, principalmente por envolver um nome ligado à família presidencial. Caso seja aprovada, a oitiva deve ocorrer ainda este mês, dependendo da agenda do colegiado.
A CPMI avalia novos requerimentos e não descarta ampliar o número de pessoas a serem chamadas nas próximas sessões, à medida que relatórios e diligências avançam. A comissão pretende concluir sua última fase de depoimentos antes da elaboração final do relatório.
