Com a chegada das festas e das férias, a rotina mais agitada, as viagens, as temperaturas elevadas e o aumento de circulação de pessoas em casa podem gerar estresse e riscos à saúde de cães e gatos. Ruídos intensos, mudanças de ambiente e quebra da rotina são fatores comuns que impactam diretamente o comportamento dos pets.
Para garantir bem-estar e segurança nessa época do ano, especialistas em saúde animal reuniram orientações essenciais que ajudam a evitar acidentes, desconfortos e doenças.
Barulhos e fogos: como proteger seu pet e evitar fugas
O som de fogos de artifício é um dos principais gatilhos de medo em cães e gatos. Para reduzir o estresse:
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Mantenha o pet em um local seguro, familiar e silencioso.
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Feche portas e janelas para abafar o som externo.
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Coloque música suave para ajudar na ambientação.
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Certifique-se de que o animal esteja identificado com plaquinha e microchip atualizados, o que facilita o reencontro caso ele fuja.
Ceias e comidas festivas: o que pode e o que não pode
Durante as comemorações, é comum que os pets circulem perto da mesa da ceia. No entanto, muitos alimentos típicos de fim de ano são tóxicos:
Evite:
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Chocolates
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Uvas e uvas passas
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Alho e cebola
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Alimentos gordurosos, temperados ou muito salgados
Prefira snacks apropriados para pets e oriente os convidados a não oferecerem nada fora da dieta do animal.
Calor extremo: cuidados para evitar superaquecimento
O verão aumenta o risco de intermação (superaquecimento), especialmente em cães — que dissipam calor principalmente pela respiração.
Sinais de alerta incluem respiração ofegante, fraqueza, salivação intensa e vômitos.
Como prevenir:
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Evite passeios nos horários mais quentes.
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Tenha água fresca sempre disponível.
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Garanta sombra e boa ventilação.
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Jamais deixe o pet sozinho no carro, mesmo por poucos minutos.
Pulgas, carrapatos e mosquitos: proteção reforçada no verão
A combinação de calor e umidade favorece a proliferação de parasitas. Por isso, o uso regular de antiparasitários é fundamental para proteger os pets e a família.
Entre as opções disponíveis no mercado estão:
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Comprimidos mastigáveis mensais para cães, que combatem pulgas e carrapatos.
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Opções orais para gatos, específicas para o controle de pulgas.
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Coleiras de longa duração, com proteção de até oito meses.
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Pipetas tópicas, que combatem parasitas e também repelem mosquitos transmissores de doenças como a leishmaniose.
Vai viajar? Prepare tudo com antecedência
Para que a viagem seja tranquila:
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Leve o pet ao veterinário para avaliação e atualização das vacinas.
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Peça o atestado de saúde, exigido em muitos deslocamentos.
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Use caixa de transporte adequada ao tamanho do animal.
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Faça paradas regulares para hidratação e descanso.
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Mantenha medicações e carteira de vacinação sempre à mão.
Cada pet tem necessidades específicas — portanto, é importante seguir as orientações do profissional que o acompanha.
Pets idosos precisam de mais atenção
Cães e gatos mais velhos são sensíveis a mudanças de ambiente e de temperatura, podendo apresentar dores articulares e maior desconforto no calor.
Cuidados recomendados:
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Evitar pisos escorregadios.
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Manter água e comida acessíveis.
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Seguir rigorosamente as medicações prescritas.
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Evitar estímulos excessivos e longos períodos de agitação.
Abandono é crime e nunca é solução
O abandono de animais é crime previsto na Lei nº 9.605/98.
Se não for possível levar o pet na viagem, procure alternativas responsáveis: hotéis, creches, pet sitter ou alguém de confiança.
Ter um animal é um compromisso para toda a vida — um laço de cuidado, proteção e amor que não depende da época do ano.
