Por Cris Oliveira
O tapetão de Arruda
Nos bastidores, José Roberto Arruda tenta costurar apoios e ensaiar um retorno à política, mas o tapetão que ameaça derrubá-lo é a própria sujeira que seus processos acumulativos guardam na Justiça. Condenado por improbidade, com dívida milionária e imagem desgastada, o ex-governador enfrenta rejeição crescente e pouco espaço para reabilitação. O eleitor brasiliense, que ainda lembra o Mensalão do DEM, parece menos disposto a perdoar quem manchou a história política da capital.
Não tem como reclamar
As exonerações de quem se titula a favor da candidatura de Arruda no governo Ibaneis estão de vento em popa. Importante lembrar que um cargo de confiança é um cargo de confiança e isso já explica tudo. A máquina pública não costuma tolerar aventuras políticas, especialmente quando o desgaste de imagem de um aliado pode respingar em quem está no poder.
Zé Humberto em todas as esferas
O secretário de Governo de Ibaneis, José Humberto, aparece em todas as esferas com muito apoio de aliados. Seu nome circula com força e respeito, resultado de uma trajetória sólida construída ao lado do setor produtivo. A bandeira que ele ergue há anos — o diálogo com empresários e o fortalecimento do empreendedorismo — continua sendo seu maior ativo político e o que o mantém bem posicionado nas rodas de poder.
Lei, ordem e recado direto
O governador Ronaldo Caiado reforçou nas redes que, em Goiás, não há espaço para quem simula apoio a criminoso. Após a prisão de 32 pessoas por apologia ao crime, Caiado mandou o recado: “Aqui tem lei, ordem e segurança plena”. A fala ecoa o tom firme de quem vem sustentando a máxima de que não há um palmo de terra dominado por bandidos no estado — e reafirma a imagem de gestor que não foge do enfrentamento quando o assunto é segurança pública.
Ibaneis joga a real para Arruda
Durante a inauguração de um Centro de Educação da Primeira Infância, o governador Ibaneis Rocha não poupou críticas a José Roberto Arruda. Disse que o ex-governador “afundou Brasília na corrupção e na miséria” e que “não tem coragem de dizer que não é corrupto, porque está condenado”. Em tom firme, Ibaneis completou: “Ele diz que tem que ser perdoado, mas a Justiça não perdoa. E os bons também não perdoam. Eu prefiro trabalhar com os bons e manter essa cidade na linha do trabalho”. O recado foi direto — e caiu como uma pá de cal na tentativa de ressurreição política de Arruda.
