A união dos partidos de direita para as eleições de 2018 está cada dia mais complicada, já que vaidades e egos superam expectativas. A verdade é que a direita no DF perdeu força após o fim do ciclo do governador Roriz, o grande articulador dos partidos de direita no DF. O envolvimento de cabeças pensantes, presidentes de partidos e políticos renomados como Luis Estevão, Arruda e Filippelli em escândalos e prisões paralisou o grupo da direita, que não consegue atuar. Parece que as raposas ainda não foram substituídas.

 O líder da direita nas pesquisas e pré-candidato do PR-Frejat tenta se firmar, mas encontra dificuldades em se desvencilhar da imagem das fotos da eleição de 2014, que traz com ele três políticos presos por corrupção. Frejat tem um passado sem máculas corruptas e quer voar sozinho em 2018. Ele quer distância do grupo do ex-governador Arruda, mas sem ele terá dificuldade de chegar ao Palácio do Buriti. Segundo fontes, o grupo é complicado e requer muitos cuidados de Frejat ao quebrar a aliança constituída na coligação da eleição de 2014.

 Alguns apostam que o melhor para Frejat seria a candidatura ao senado para fechar a carreira política no legislativo sem muita discussão nem perda de votos. Mas a experiência de Frejat já prova que concorrer a duas vagas de senador só dá certo quando a costura vem fechada com um grupo da direita. O que será super-difícil, já que o Deputado Federal Alberto Fraga também poderá concorrer à vaga do Senado, mesmo pleiteando o Governo.

 A direita traz outras opções para o Buriti como o nome do delegado Alírio Neto (PTB), Alberto Fraga (DEM), Izalci (depois de fracionar o PSDB tenta ser candidato pelo partido) e o Dr. Ibaneis, a aposta do PMDB, que também está metido na lava jato até o fim do poço de petróleo.

O desenho da direita ainda não está definido por falta de um grande articulador político respeitado nos bastidores para fazer a união dos comandos que formarão a chapa majoritária. Alguns comentaristas de bastidores apostam que, de todo o grupo, sairão duas chapas majoritárias, o que provavelmente deixará a direita do DF com fama de TITANIC.

Cris Oliveira