Duas décadas de horror no Hopi Hari se materializaram em uma única temporada de sustos. A partir da sexta-feira (3), a Hora do Horror 20 anos: Dejavú, traz de volta às terras do parque todas as criaturas que assustaram os sonhos dos visitantes em edições anteriores.
Em 2021, a maior atração de horror da América Latina retorna com diversas novidades, com programação iniciada de dia e percurso noturno. Para Rogério Barbatti, diretor artístico do parque, representar a história da Hora do Horror é um desafio.
“Uma grande produção vem se construindo ao longo dos últimos três meses e, desta vez, temos o objetivo de conectar todas as histórias das edições anteriores em formatos que respeitem nossos protocolos anticovid-19. Mesmo assim, arquitetamos uma experiência totalmente imersiva, buscando aproveitar os espaços e recursos que o Parque já tem, de maneira criativa”, diz.
Ao invés do ‘País Mais Divertido do Mundo’, o parque se torna o ‘Mais Assustador do Mundo’, a começar pelas fachadas. O Imigradero dá um pontapé inicial para o sentimento de nostalgia envolver o público, com elementos de anos passados, por exemplo, o Dragão do Castelo, da edição de 2013, intitulada Era Uma Vez.
Enquanto o Sol brilha no céu, shows temáticos marcam as regiões do Parque. No Saloon Show de Wild West, na hora do almoço, acontece o Horror Live Show: Amor de Sangue, uma apresentação ao vivo com clãs de vampiros que relembram as trilhas sonoras da Hora do Horror em meio a um enredo cheio de reviravoltas.
Você viu?
Para as crianças, a diversão será no Klapi Klapi Show, em Infantasia, com a bruxinha Harikadabra e os seus padrinhos abóboras na Helloween Hari. Depois do show, além das sessões de fotos, as travessuras tomam as lojas e atrações do Parque.
A viagem ao passado não para por aí. As lembranças voltam a pulsar os corações dos visitantes, em um percurso especial, realizado depois que o Sol se põe. Nele, será possível viajar por meio de portais mágicos, que levam o visitante às arrepiantes criaturas de cada edição da Hora do Horror. Durante este trajeto, realizado à pé, será possível encontrar um ser também muito especial.
História
Os fios de todas essas narrativas são tecidos para dar forma a uma ‘criatura-guia’, batizada como Vidutus. Este ser, híbrido e mitológico, é resgatado de lendas antigas, ora como a personificação das trevas, ora como um espírito justiceiro. Sua primeira aparição foi relatada em 84 d.C., quando um camponês teve seu corpo quase todo queimado enquanto dormia. O homem sobreviveu e confidenciou, depois, a um amigo, ter visto, em meio às chamas, um ser de buracos fundos no lugar da boca e dos olhos, sendo consumidos por parasitas. A coincidência é que, 20 anos antes desta fatídica noite, o camponês havia escapado do grande incêndio que consumiu Roma. O relato foi registrado em um livro ocultista e permaneceu na sombra do esquecimento por muito tempo. Anos depois, outro livro de uma sociedade esotérica das antigas Antilhas registrou o nome ‘Vidutus’ em suas escrituras. Desta vez, o ser foi retratado como uma divindade da justiça, que ceifa almas daqueles que fugiram de seu inevitável destino ou não aprenderam o que deveriam. Ambos papéis desta criatura se ligam aos sentimentos que esta Hora do Horror quer despertar ao chamar-se Déjàvu. Vidutus funde passado e presente e, nesta confusão de memórias, sejam elas reais ou meras ilusões da mente humana, faz com que momentos tenebrosos voltem à tona. Então, os portais se abrem, e a trilha de pesadelos sem fim começa. A construção de tão peculiar personagem veio de um longo processo: “Já de início, criamos um ser que representasse toda atração, com o poder de manipular o tempo e as lembranças. Mas ainda não sentíamos a sensação que queríamos trazer. Foi aí que, em um debate com nossa equipe criativa, procuramos palavras relacionadas às memórias, sensações ou algo que parece já ter sido visto. Daí nasceu o nome Déjàvu. A partir daí, Vidutus caracterizou esse conceito. Ele poderá ser visto em qualquer parte da Hora do Horror. O papel dele é se infiltrar nas mentes humanas e torná-las prisioneiras de um eterno ‘Déjàvu dos horrores’”, explica Barbatti.
COVID-19
Sustos e nostalgia são as sensações mais esperadas para esta edição da Hora do Horror, porém, o Parque também quer uma diversão segura. Então, todos os protocolos anticovid-19 serão seguidos e, se necessário, adaptados ao modelo da atração.
O Presidente do Parque, Alexandre Rodrigues, detalha: “Nós continuamos atendendo os protocolos do Governo do Estado, além de nossas próprias medidas. Ao chegar, como de costume, a temperatura é aferida e o uso de máscara é obrigatório durante toda visitação”, diz.
“Os pontos de álcool continuam disponíveis e, para a Hora do Horror, planejamos corredores com grades para a limitação do público. Para os personagens, a caracterização conta com máscara de proteção. Lembramos também que a responsabilidade é de todos. Se todos fizerem sua parte, todos poderão aproveitar ao máximo”, conta.
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Fonte: Ministério do Turismo