Com objetivo de incentivar a sustentabilidade e forma correta de descarte de lixo eletrônico, militares do Corpo de Bombeiros do DF (CBMDF) participaram de gincana entre as unidades, promovida pela corporação, e conseguiram arrecadar 151,10kg do material – que engloba computadores e celulares antigos e televisores.
Os computadores passíveis de recuperação serão doados para escolas públicas do DF. Parte também será destinada para capacitação gratuita em informática básica e montagem e configuração de computadores na sede da instituição – a Programando o Futuro – organização da sociedade civil com atuação em todo território nacional. No DF, o projeto funciona no Gama.
Os itens obsoletos serão encaminhados para empresas de reciclagem especializadas nesse tipo de material.
“Mais que arrecadar o material junto aos Grupamentos, recolhido no formato de gincana, nosso objetivo é sempre trabalhar a sustentabilidade e descarte correto de material eletrônico, para uma mudança de cultura não apenas dentro das unidades do CBMDF, mas na vida dos nossos militares”, explica o chefe do programa Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P), dentro do CBMDF, coronel George Cajaty.
A A3P é um programa do Ministério do Meio Ambiente que tem como objetivo estimular órgãos públicos a implementarem práticas de sustentabilidade.
O CBMDF é reconhecido anualmente pelo Ministério do Meio Ambiente como a primeiro Corpo de Bombeiros Verde do país, desde 2016, como afirma George. “Para isso, realizamos uma série de ações voltadas para esta área, como lançamento de cartilhas e o Papa-Cartão para recolhimento de cartões sem uso, para continuarmos com esse título tão importante para a corporação e para administração pública”, ressalta George.
Cada grupamento, diretoria e centro da corporação conta com dois agentes ligados à equipe A3P, e foram eles os responsáveis por estimular os bombeiros de cada unidade a participar da gincana, que durou em média 3 meses, e ao final recolher o material, como explica o presidente da comissão. “Deixamos caixas nos grupamentos e conseguimos recolher mais de cento e cinquenta quilos de lixo eletrônico. Por conta da COVID-19 achamos melhor deixar as caixas nesses locais que ao final foi levada pelo agente de cada unidade à nossa sede”.
As equipes que arrecadaram o maior número de itens foram agraciadas com Certificado de Honra ao Mérito.
A caixa de coleta dos resíduos e materiais eletrônicos irá continuar no Quartel Central Geral – QCG. “Após a pandemia queremos ampliar a arrecadação desse material, para que não apenas os bombeiros façam doações, mas a própria instituição possa dar vazão aos equipamentos que não serão utilizados na corporação. Essa parte precisa ainda de um estudo mais amplo e verificação da legalidade”, pondera o coronel.
Para a analista administrativa e financeira da Programando o Futuro, Jackeline Reis, a ação contribui de forma bastante efetiva com o trabalho da organização. “Apesar dos cursos estarem suspensos devido à pandemia, estamos fazendo a separação do material para destinação correta. Além disso é de extrema importância para continuidade de nosso trabalho voltado para questão ambiental e social”, conta.
Quando os cursos são ministrados, os alunos destaque são convidados para fazer um estágio e ganham uma bolsa no valor de R$ 400,00 quando os cursos são ministrados. “Esperamos que a situação volte ao normal o quanto antes, para que outras pessoas possam se beneficiar dos cursos realizados em nossa sede, para maiores de 12 anos”, argumenta Jackeline.
A Programando o Futuro aceita doações da população em geral. Para doar lixo eletrônico à instituição, basta ligar no (61) 3223-8996.
Primeiro Bombeiro Verde do Brasil
O CBMDF é reconhecido com título de Bombeiro Verde pelo Ministério do Meio Ambiente. O título é concedido anualmente, desde que a instituição cumpra metas estabelecidas pelo Ministério, como adotar práticas sustentáveis e ações voltadas para questões ambientais.
Um exemplo das ações para corporação alcançar o título é que foi primeiro órgão do Governo do Distrito Federal a adotar o Sistema SEI na integralidade, reduzindo em mais de 95% o uso de papel. Outra ação que rendeu o reconhecimento foi a reciclagem de lixo, orgânico e seco, que é feito em parceria com cooperativas de catadores de lixo.
Fonte: SSP/DF