As Quentes da Política do DF

Bastidores expõem ataques, quedas e realinhamentos na cena política brasiliense

Por Cris Oliveira

Queda no Republicanos-DF

Wanderley Tavares não resistiu ao próprio movimento e deixou o comando do Republicanos-DF. A tentativa de impor Fred Linhares como nome ao GDF em 2026 não prosperou e gerou efeito contrário: desgaste interno e perda de espaço. A renúncia expôs o racha na legenda e mostrou que a direção nacional não tolera aventuras fora da rota já definida.

Fred de volta

Para não sair no prejuízo, o deputado Fred Linhares correu e se realinhou ao projeto oficial, recuperando seus cargos na Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do DF. De quebra, retomou sua fatia no bolo e deixou para trás a mágoa acumulada durante a queda de braço com a vice-governadora Celina Leão.

Rocha no tabuleiro

Com a queda de Wanderley Tavares da presidência do Republicanos, o caminho se abriu para o chefe da Casa Civil, Gustavo Rocha. Nos bastidores, o próximo passo já estaria desenhado: sua filiação ao Republicanos-DF, movimento estratégico para emplacar como vice na chapa de Celina Leão em 2026.

Donizet sob “pena da carochinha”

A Mesa Diretora da CLDF aprovou, por unanimidade, o prosseguimento da representação contra o deputado distrital Daniel Donizet. A suspensão de 30 dias soa como “pena da carochinha”: medida para não passar em branco, mas sem força real de punição. O processo transforma-se em espetáculo e expõe a Casa a críticas.

O preço da sobrevivência política

Nos corredores da CLDF, a informação é de que, para evitar a cassação, Daniel Donizet estaria entregando cargos estratégicos de seu gabinete e da estrutura da Casa. O loteamento funcionaria como moeda de troca com a Mesa Diretora e outros parlamentares. A sobrevivência política, nesse caso, cobra um preço alto: abrir mão do próprio espaço de confiança para manter o mandato.

O “teste do sofá”: verdade ou cortina de fumaça?

Dez servidoras e ex-servidoras do gabinete de Donizet protocolaram pedido de cassação contra a deputada Paula Belmonte (Cidadania), após ela afirmar em entrevista que havia exigência de “teste do sofá” para permanência no gabinete. Sem provas, a acusação fragiliza sua posição como Procuradora da Mulher da CLDF. O grupo também registrou boletim de ocorrência e avalia medidas judiciais. O caso virou cortina de fumaça no meio da guerra política da Casa.

Ataque de Cappelli à advocacia

O pré-candidato Ricardo Cappelli (PSB) partiu para o ataque contra a advocacia em busca de palanque político, mas a estratégia pode sair cara. Em vídeo, resgatou embates da era Rollemberg e disparou críticas duras a escritórios de advocacia. A reação foi imediata: profissionais do setor jurídico no DF enxergaram no gesto um cálculo eleitoral arriscado.

BRB sai do vermelho da esquerda para o topo nacional

O Banco de Brasília virou alvo da oposição meia-boca, que não aceita o crescimento histórico da instituição. Durante anos, o BRB foi usado pela esquerda apenas para desvio e troca de cor do azul para o vermelho. Hoje, o banco saiu do vermelho da esquerda para o topo nacional da economia: lucrou R$ 518 milhões só no primeiro semestre e ampliou atuação em grandes Estados. Despeitada, a oposição articulou até barrar no Banco Central a compra do Banco Master, já aprovada pelo Cade e pela CLDF.

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