O plenário do Senado começou a discutir hoje (10) projeto de lei que cria uma conta de estabilização dos preços dos combustÃveis (CEP CombustÃveis) e amplia o programa AuxÃlio Gás. O debate ocorre no mesmo dia em que a Petrobras anunciou a elevação dos preços do diesel em cerca de 25%, em suas refinarias, e da gasolina em quase 19%, como reflexo da alta nas cotações do petróleo no mercado internacional em função da guerra na Ucrânia.
A sessão no plenário da Casa começou na manhã desta quinta-feira (10) com a votação de propostas consensuais sobre outros temas e foi suspensa por pouco mais de uma hora para os ajustes finais nas propostas pelo relator das matérias, Jean Paul Prates (PT-RN).
Diante do anúncio da Petrobras e de várias tentativas frustradas do Senado em avançar nas propostas, por falta de consenso, o presidente da Casa, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), pediu empenho dos pares para deliberação hoje dos temas. Pacheco disse aos senadores que o anúncio do aumento substancial do preço dos combustÃveis pela Petrobras impõe ao Senado a apreciação ainda nesta quinta de ambos os projetos.
Mudanças
O relator do pacote dos combustÃveis no Senado, Jean Paul Prates, aceitou a criação de um auxÃlio a motoristas de baixa renda e a ampliação do vale-gás a famÃlias carentes. Conforme parecer protocolado nesta quinta-feira, o senador incluiu as medidas no projeto de lei que cria uma conta de estabilização dos preços dos combustÃveis. Antes, os subsÃdios estavam previstos no texto que altera a cobrança do ICMS, imposto arrecadado pelos estados. Os dois textos estão pautados nesta quinta-feira no plenário.
Na proposta que está em discussão na tarde hoje no Senado, o chamado AuxÃlio CombustÃvel Brasileiro vai beneficiar motoristas autônomos, taxistas e motociclistas de aplicativo com renda familiar de até três salários-mÃnimos, priorizando quem recebe o AuxÃlio Brasil.
O custo da medida é de R$ 3 bilhões e deverá ficar dentro do teto de gastos, de acordo com o texto. Além disso, o parecer amplia o vale-gás, pago atualmente pelo governo federal, para 11 milhões de famÃlias, dobrando o público atendido, com impacto de R$ 1,9 bilhão neste ano, também dentro das regras fiscais.
Fonte: Agência Brasil