Para reforçar o combate ao coronavírus no DF, a Secretaria de Saúde vai inaugurar nesta sexta-feira (28) o hospital acoplado de Samambaia. Construído como uma extensão do Hospital Regional de Samambaia (HrSam) com doações de empresários arrecadadas pelo comitê Todos Contra a Covid, a unidade terá mais 102 leitos para pacientes acometidos pela doença: 98 de enfermaria e quatro de isolamento.
A novidade foi anunciada pelos secretários da Casa Civil, Gustavo Rocha; de Saúde, Osnei Okumoto; e de Comunicação, Weligton Moraes, em coletiva de imprensa na tarde desta quinta-feira (27), no Palácio do Buriti. Durante a conversa com os jornalistas, os gestores destacaram que o hospital “será um legado para o DF”. “É um hospital permanente que poderá ser usado pela população, especialmente a de Samambaia, pois não será desfeito após a pandemia”, afirmou Gustavo Rocha.
O hospital será gerido pelos próprios servidores da Secretaria de Saúde e começará a receber pacientes na segunda-feira (31). A unidade será mais um dos locais recentemente inaugurados pelo GDF para a internação dos pacientes com covid-19.
Antes do início da imunização, o DF tinha, entre os profissionais de saúde, os primeiros a serem vacinados, uma média de 735 casos por mês de covid-19. Número que caiu para 379 após a vacinação
Segundo o secretário Osnei Okumoto, 68 pacientes estão internados no hospital de campanha do Gama, 83 no Autódromo de Brasília e 21 no hospital de Ceilândia, inaugurado há apenas três dias. “Nesta quinta pela manhã tivemos uma movimentação de pacientes e, dos 300 leitos, estávamos com 175 ocupados”, contou.
Osnei também afirmou que, com a maior oferta de leitos, a Secretaria de Saúde atende pacientes de fora do DF. “Hoje, dos leitos UTI Covid da rede, 27 estão ocupados por moradores de fora do DF, o que equivale a 11,39%”, disse. “Já no caso dos leitos de suporte ventilatório pulmonar, dos hospitais de campanha, temos nove pacientes externos. Nos leitos de UTI geral, temos 40 pacientes de fora do DF”, enumerou.
Efeitos da vacinação
O secretário da Casa Civil também ressaltou os efeitos positivos da vacinação. Segundo ele, antes do início da imunização, o DF tinha, entre os profissionais de saúde, os primeiros a serem vacinados, uma média de 735 casos por mês de covid-19. Número que caiu para 379 após a vacinação. “Os casos em todas as faixas etárias também tiveram uma redução, inclusive de ocupação de leitos de UTI, o que mostra que a vacina é o meio mais rápido pra gente sair dessa realidade”, afirmou Gustavo Rocha.
Segundo ele, ainda há doses reservadas para os professores, cuja vacinação foi uma demanda da própria categoria. “Das 2,8 mil doses disponibilizadas para esses profissionais, 2,2 mil pessoas foram vacinadas. Ou seja, 22% dos profissionais que foram indicados para serem vacinados, ainda não buscaram a imunização. Pedimos para aqueles que podem ser vacinados, busquem a imunização”, disse. O secretário de Comunicação, Weligton Moraes, disse que o GDF pretende lançar, na próxima semana, uma campanha publicitária convocando a população a se vacinar.