Você tem dó do seu dinheiro? A Câmara Legislativa não. Enquanto o país amarga uma das maiores crises econômicas da história em uma inimaginável pandemia que condenou milhares de pessoas ao desemprego e à fome, a CLDF esbanja.
No Diário da Câmara Legislativa de hoje (16) foi publicado o resultado de um pregão eletrônico para contratação de empresa para intermediar a compra de 41 licenças anuais da plataforma ZOOM para videoconferências. O valor aproximado da compra: 53 mil reais.
Trata-se de 41 licenças de uma das versões mais caras do aplicativo, que tem opção gratuita de utilização. Cada pacote contratado tem capacidade máxima de 300 pessoas por reunião. De acordo com o edital, a Casa já possui 10 licenças nos mesmos moldes licitados, com vencimento no final de junho. Agora, a vice-presidência, comandada pelo deputado Rodrigo Delmasso, quer expandir a contratação sob a justificativa de atender outros setores e gabinetes paramentares.
Perguntas que ecoam no ar:
Gabinetes parlamentares não poderiam adquirir, cada um, o seu próprio software com o valor da verba indenizatória?
A Plataforma ZOOM disponibiliza versões do aplicativo com valores e capacidades diferentes de acessos e usuários. Por que, para a Câmara Legislativa, todas devem ter capacidade máxima sendo que isso implica, claramente, valores mais elevados?
Alguma vez na história da CLDF algum setor da Casa ou de qualquer gabinete parlamentar que seja, realizou reunião com 300 pessoas?
O gasto cheira à falta. Falta de planejamento, falta de estudo e falta de respeito com o dinheiro do contribuinte.
Redação