Com a vida corrida por administrar uma das maiores regiões administrativas do DF, a Administradora Regional do Plano Piloto, Ilka Teodoro, nutre um gosto especial pelas plantas nativas do cerrado. A medida em que passeia pela cidade, a administradora mantém um olhar atento e curioso para identificar as espécies cerratenses. Segundo ela, olhar para a natureza do cerrado “tem sido uma válvula de escape e uma terapia em tempos afrontosos à saúde mental”.

Ilka tem buscado se aprofundar cada vez mais sobre as árvores nativas que vivem no Plano Piloto, e gosta de utilizar o livro “100 Árvores do Cerrado” de Manoel Cláudio da Silva Junior para isso. Essa busca por mais conhecimento sobre o assunto acabou levando-a à uma situação inusitada: A descoberta de uma sucupira-preta, planta nativa do cerrado, em uma das Super-Quadras do Plano Piloto.

A sucupira-preta em questão está situada na quadra da 110 Norte e já era um símbolo da região, por mais que alguns moradores não tivessem o conhecimento técnico para saber que é uma árvore nativa e rara. Essa árvore tem uso medicinal com propriedades antibióticas, anti-inflamatórias, depurativas, tônicas e cicatrizantes. Ela é usada para tratamento de afecções pulmonares, recuperação da pigmentação da pele, quadros artríticos melhorando tanto as infecções como as dores.

 

A prefeitura da SQN 110 apresentou neste ano para a Administradora do Plano Piloto um plano de ação detalhado da sua identidade visual que tem na sucupira-preta seu símbolo maior. A imagem da árvore nativa é formada na identidade visual por duas pessoas felizes como caule e folhas azuis, amarelas e verdes, acompanhada da frase “Zelar, cuidar e valorizar é qualidade de vida”, relembrando a importância da preservação.

 

As prefeituras das quadras têm um papel muito importante no Plano Piloto, pois a partir de um contato mais próximo com a comunidade conseguem compilar as demandas e trazer para a Administração fazendo uma ponte entre Administração e comunidade.

JARDIM PILOTO

Outra preciosidade do Cerrado no Plano Piloto é o chamado Jardim Piloto. Trata-se de um jardim na Rotatória da Escola Parque da 210/211 Norte. Essa é a primeira iniciativa de um jardim público com plantas nativas do Cerrado em um balão da capital federal.
A novidade está sendo documentada em um filme de mesmo nome que faz menção ao Plano Piloto de Brasília e à possibilidade de inspirar outros jardins de cerrado Brasil afora.
A Administradora Ilka Teodoro, à frente da Administração Regional do Plano Piloto, ofereceu todo seu apoio ao projeto, firmado com a adoção do balão, por meio do programa Adote uma Praça da Secretaria de Projetos Especiais do GDF. O balão foi adotado pela Rede de Sementes do Cerrado e conta com a colaboração do professor Júlio Pastore e a paisagista argentina Amalia Robredo.

O projeto foi recebido com muito carinho pelas prefeituras de quadra ao redor, especialmente da SQN 410 e está fazendo muito sucesso.