Rio- O estado do Rio de Janeiro vai reformar os equipamentos de enfrentamento à violência contra a mulher para melhor acolher as vítimas de agressões. A informação foi dada pela secretária em exercício de Desenvolvimento e Direitos Humanos do estado, Fernanda Titonel.
“Fizemos um levantamento de todos os equipamentos e vamos alocar recursos humanos, conforme a necessidade de cada espaço”, disse a secretária. O primeiro a receber reparos será o Centro Integrado de Atendimento à Mulher (Ciam Márcia Lyra), no centro do Rio. A sede da Subsecretaria de Estado de Políticas para as Mulheres, que funciona junto ao Conselho Estadual dos Direitos da Mulher, no centro, também será reformada e ganhará reforço na equipe.
Em audiência pública na Assembleia Legislativa (Alerj), a superintendente estadual de Enfrentamento à Violência contra a Mulher, Patrícia Xavier, informou que já houve uma vistoria técnica e que existem processos em andamento para viabilizar reformas nos dois espaços.
“Além disso, estamos trabalhando para que o Centro Especializado de Atendimento à Mulher de Queimados, na Baixada Fluminense, tenha uma casa maior para atender melhor às vítimas do município.”
A subsecretária em exercício de Políticas para Mulheres, Cristiane Lamarão, destacou as ações do Ônibus Lilás, que leva atendimento itinerante a mulheres em situação de violência. Além de palestras educativas, é oferecido apoio jurídico, social e psicológico, em atendimento humanizado e qualificado, não-discriminatório, de forma sigilosa.
“Retomamos em outubro a agenda do Ônibus Lilás e estamos percorrendo o estado. Dez municípios já foram visitados, gerando um total de 135 atendimentos. Até o final do ano, estão agendados mais sete municípios. Ainda em novembro, o Ônibus Lilás vai a Seropédica [dia 28] e a Vassouras [29]. Em dezembro, estaremos no dia 5 em Itaguaí, no dia 7, em Porciúncula, no dia 11, em Magé, no dia 12, em São João da Barra, e no dia 13, em Campos”, antecipou.
Data
Desde 1999, o Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra a Mulher é comemorado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 25 de novembro. A data foi escolhida em memória das irmãs Mirabal, que se opuseram ao regime de Rafael Leónidas Trujillo, na República Dominicana, e foram mortas em 1960 por simpatizantes do ditador.
Trujillo comandou o país de homens de 1930 a 1961, quando foi assassinado.
A data marca a abertura dos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres, uma campanha anual e internacional, que vai até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos. De acordo com a ONU, a campanha é uma estratégia de mobilização de indivíduos e organizações, em todo o mundo, para engajamento na prevenção e na eliminação da violência contra as mulheres e meninas.
Por Douglas Corrêa – Repórter da Agência Brasil