O Tribunal Correcional de Paris decide, nessa segunda-feira, se as empresas Airbus e Air France tiveram responsabilidade criminal na queda, em 2009, do voo Rio-Paris da companhia aérea francesa que matou 228 pessoas. As duas empresas, que enfrentam julgamento por homicídio culposo —quando não há intenção de matar — negam qualquer falha penal relacionada ao acidente. Se forem consideradas culpadas, cada uma pode receber multa no valor de 225.000 euros [equivalente a 1,2 milhão de reais].
Em 1 de junho de 2009, o voo AF447, que fazia a rota entre o Rio de Janeiro e a capital francesa, caiu, no meio da noite, no Oceano Atlântico, horas após a decolagem, matando os 216 passageiros e 12 tripulantes a bordo. Entre as vítimas estavam pessoas de 33 nacionalidades, sendo 72 franceses e 58 brasileiros. Foi o acidente mais letal da história da aviação comercial francesa.
Os corpos e os primeiros fragmentos da aeronave A330 da Airbus foram encontrados nos dias seguintes à tragédia, mas os destroços do avião só foram localizados dois anos depois, após longas buscas, em meio ao relevo submarino, a 3.900 metros de profundidade.
As caixas-pretas confirmaram que o ponto de partida do acidente foi o congelamento das sondas de velocidade Pitot, enquanto o avião estava em voo de cruzeiro, em uma zona com condições meteorológicas adversas denominada Zona de Convergência Intertropical.
O congelamento das sondas levou a aeronave a emitir informações erradas sobre a altitude da aeronave e os pilotos perderam o controle do avião, que caiu no oceano.
As investigações demonstraram que incidentes similares com sondas ocorrera