Após 11 anos fechado, o Autódromo Internacional de Brasília se prepara para o retorno do som e da emoção dos motores. Um mês antes da reinauguração, o governador Ibaneis Rocha (MDB) visitou o espaço para acompanhar o estágio final das obras. A reabertura oficial está marcada para 30 de novembro, com uma etapa nacional da Stock Car e show do cantor Bell Marques, celebrando a volta definitiva do autódromo ao calendário esportivo e cultural do país.
A reforma, conduzida pelo Governo do Distrito Federal (GDF), moderniza a infraestrutura e devolve à capital um dos maiores complexos de automobilismo, turismo e lazer do Brasil. O investimento total chega a R$ 100 milhões, sendo R$ 60 milhões aplicados nesta primeira etapa.
Durante a visita, Ibaneis lembrou os desafios enfrentados até o início das obras.
“Tentamos iniciar essa obra em 2022, mas tivemos muitos problemas com o asfalto e a licitação ficou parada por um tempo no Tribunal de Contas. Graças a Deus conseguimos superar os entraves burocráticos e a empresa iniciou os trabalhos”, destacou o governador.
O chefe do Executivo ressaltou ainda o impacto econômico e social do projeto.
“O percurso que foi feito coloca a pista de Brasília como uma das melhores do Brasil. Queremos transformar o autódromo em um grande espaço para a população, tanto para caminhadas e ciclismo quanto para o lazer. Também queremos trazer concessionárias, eventos automobilísticos e diversas modalidades esportivas todos os fins de semana a partir de 2026”, afirmou Ibaneis Rocha.
Três fases de modernização
A reestruturação do autódromo foi planejada em três fases.
A primeira, em fase final, entrega a pista reformada, habilitada para corridas oficiais e aberta ao público para atividades esportivas.
A segunda, prevista para abril de 2026, inclui a entrega dos boxes definitivos, do kartódromo e do centro médico — inicialmente, as corridas terão estrutura temporária.
A terceira fase prevê a instalação de novos empreendimentos, como lojas, áreas de eventos e um Museu do Automobilismo, consolidando o local como polo permanente de esporte e entretenimento.
“As regras de segurança mudam muito ao longo do tempo. Procuramos preservar o traçado original, que era um pedido antigo dos pilotos, e criar variações para a MotoGP e o Anel Externo”, explicou o presidente do Banco de Brasília (BRB), Paulo Henrique Costa.
“Hoje temos três traçados que podem ser organizados em seis configurações diferentes, aptos a receber corridas nacionais e internacionais até o nível 2 da Federação Internacional de Automobilismo (FIA).”
Estrutura moderna e padrão internacional
Esta é a primeira grande reforma estrutural do Autódromo Internacional de Brasília desde sua inauguração, em 1974. O projeto preserva o traçado original e substitui totalmente o pavimento por um asfalto idêntico ao de Interlagos, com 20 cm de espessura, durabilidade de 20 anos e tecnologia de drenagem que evita acúmulo de água, garantindo mais aderência e segurança aos pilotos.
Com a conclusão das obras e o retorno das competições, Brasília volta ao mapa do automobilismo nacional, recuperando um espaço histórico e símbolo da paixão por velocidade na capital do país.
