O uso de máscara para dormir é uma escolha pessoal. Enquanto algumas pessoas podem considerá-la desconfortável, outras afirmam que apresentam uma melhora na qualidade do sono. Entretanto, alguns estudos mostram que o uso de máscara e o consequente o bloqueio de luminosidade provocam melhora do sono e o aumento de disposição no dia seguinte. Ou seja, é comprovado que a luminosidade pode interferir negativamente no início e na qualidade do sono. O escuro é necessário para se ter uma boa noite, pois auxilia na liberação da melatonina, o hormônio do sono. Também é sabido que a luz inibe a produção de melatonina e dificulta o adormecer.
Segundo o representante do Conselho de Cronobiologia da Associação Brasileira do Sono, Mário André Leocadio Miguel: “fazer uso de luz artificial durante a noite, seja intencionalmente, seja pela poluição luminosa, pode resultar em desequilíbrios na nossa saúde”. O especialista em sono e cronobiologia acrescenta: “considerando o caráter excitatório da luz incidindo sobre nossos olhos durante a noite, em especial quando estamos dispostos a dormir, a luz possui o efeito agudo de atrapalhar o início do sono, de superficializar o sono, elevando as chances de desordens do sono, como a insônia. É importante ressaltar que mesmo intensidades ridiculamente pequenas de luz têm potencial de perturbar nosso sono, bloqueando a liberação de melatonina, aumentando a excitação do nosso cérebro e o cortisol.
Para aqueles que necessitam de uma ajuda para bloquear a luminosidade no ambiente de dormir e consideram a máscara útil, seguem algumas dicas:
– Prefira máscaras mais leves, macias, flexíveis e hipoalergênicas. O tecido de algodão é o mais confortável;
– É fundamental verificar o tamanho da máscara, tanto em relação à sua proporção para o encaixe no rosto quanto à circunferência da cabeça;
– Verifique o tipo de fechamento. As melhores são confeccionadas com um velcro que possibilita também sua regulagem, proporcionando mais conforto;
– Prefira máscara de cores escuras (como marrom ou preto), pois as claras podem permitir a passagem da luminosidade.
Sobre a Associação Brasileira do Sono
Fundada em Agosto de 1985 com o nome Sociedade Brasileira do Sono, a instituição congrega todos os profissionais brasileiros que estudam sono, incluindo desde áreas experimentais básicas, Biólogos, Técnicos de Polissonografia, Fisioterapeutas, Fonoaudiólogos, Psicólogos, Odontologistas e Médicos. A associação é fundamentalmente desde sua origem multidisciplinar e a lista de especialistas que participam da sociedade não para de crescer.
Com o passar dos anos a sociedade se adaptou aos desafios e, desde 2005, passou a se chamar Associação Brasileira do Sono (ABS). Agrega também sob o mesmo teto e com direção compartilhada as sociedades co-irmãs: Associação Brasileira de Odontologia do Sono (ABROS) e Associação Brasileira de Medicina do Sono (ABMS), ambas criadas para atender necessidades específicas de dentistas e médicos.
A ABS é reconhecida mundialmente. A associação promove inúmeras atividades, incluindo cursos, reuniões com a sociedade civil e com os gestores de políticas públicas, além de promover diálogo constante com a sociedade sobre os mais diversos temas relacionados ao sono. A Associação Brasileira do Sono é responsável também pelo periódico cientifico Sleep Science, revista publicada em inglês com reconhecimento mundial, recebendo artigos científicos originais de todas as partes do planeta.
As regionais do sono estão presentes em 22 estados do Brasil.