Não é de se admirar quando um Governador troca uma pessoa de cargo de confiança para alargar a aliança da próxima eleição com partidos políticos. A prática é antiga no DF e invade o período eleitoral. O que comanda uma chapa majoritária é o casamento vantajoso com um Vice que tenha condições de ajudar a ganhar a eleição. E de um tempo para cá, o que comanda mesmo é um belo tempo de inserção partidária na TV.
Não podemos mais esperar para fazer o limpa nos corruptos que se instalaram com força e poder na política e no DF. Casos de escândalos já nos mostraram que a chocadeira da propina são as grandes empresas prestadoras de serviços ao Governo, seja federal, o caso da Odebrecht, ou distrital, como a operação Dracon das emendas da Saúde Pública. Fato é que se faz imprescindível maior controle, fiscalização e punição das empresas contratadas pelo governo, para que a gestão funcione. E quem será o corajoso a fazer isso?
A estrutura governamental sofreu abalos consideráveis ao facilitar, cada vez mais, a atuação das empresas na administração pública. Com isso, as famosas Administrações Regionais perderam autonomia no cumprimento de suas obrigações e ficam à mercê da boa vontade dos contratados. O administrador passou a ser um pombo correio do Governo, e com isso sua credibilidade fica baixa perante a comunidade que espera mais serviço público de qualidade.
O DF está com a máquina pública esgotada. Sem fiscalização, as administrações dependem da Agência Fiscalizadora, que gasta horrores, mas não tem quadro eficiente. Ignoram as notificações sobre invasões, que crescem, para depois deslocarem grandes recursos nas derrubadas.
Mudar Administrador de cargo é normal, mas acabar com a ineficiência do serviço público é complicado. A burocracia leva ao “jeitinho” em busca da praticidade. Isso pode abrir portas à corrupção, o que está cada dia mais difícil de ter FIM. A politicagem não deixa o sistema andar. Essa é a grande realidade do DF – sistema engessado.
O DF não aguenta esse sistema instalado há 8 anos. Isso só comprova que a mudança está longe. Quem vai modificar a máquina pública? Os ganhadores da Mega Sena eleitoral de 2018? Vamos aguardar as cenas dos próximos capítulos, da “máfia Italiana” que tenta voltar ao poder, mesmo tendo na prática do partido o carregar de malas com propinas, porque não é importante se dar bem, tem que deixar até a quinta geração rica com o dinheiro dos contribuintes do DF.
Cris Oliveira