O deputado federal Izalci Lucas pode ver seus planos de ser o majoritário da legenda do PSDB-DF frustrado, já que seu mandato de presidente do partido poderá ir apenas até outubro, quando acontecerá a Convenção Estadual do PSDB.
O PSDB hoje tem uma linha diferente da de Aécio Neves, que fez duas intervenções consecutivas no PSDB-DF, o que frustrou os filiados e retirou do partido o distrital eleito pela legenda Raimundo Ribeiro.
Na convenção deste ano, Izalci não contará com a parceria nacional do amigo Senador Aécio Neves, hoje considerado figura suja do partido, no meio das legendas mau vistas dos partidos sem ética envolvidos na lava jato. Neste mesmo pensamento, Izalci também está no embalo, já que votou a favor da blindagem e da permanência de Michel Temer no poder.
Dentro do Tucanato, a eleição do partido no DF é super esperada pelos seus filiados. Izalci é frágil como um pardal no PSDB-DF. Não tem história no partido e também não tem 10% dos filiados que tem a ex-governadora Maria de Lurdes Abadia, o ex-deputado federal Pitiman e o suplente de distrital Virgílio Neto. Ou seja, o pardal terá que compor com o Tucanato para ficar como presidente, o que é pouco provável, já que Abadia e os outros esperam pelo momento da convenção.
A intervenção nacional desta vez está difícil de acontecer no Distrito Federal. O PSDB nacional segue hoje a linha do estado de São Paulo, que poderá indicar o nome na majoritária, já que tem o Governador Geraldo Alckmin e o prefeito João Dória como tucanos ilustres, nacionalmente falando, que dentro do partido não são favoráveis a pratica da intervenção. No DF, Abadia sempre foi uma tucana fiel às posições da executiva nacional.
Outro fato que leva o candidato a governador a uma candidatura solo, é a falta de apoio dos amigos pré-candidatos da direita. Analisando bem, o pardal é uma ave que se adapta a qualquer lugar, não criou ninho no PSDB, mas depois de outubro pode ter novos ares e novas expectativas.
Cris Oliveira