Com os anos, os interiores do Brasil perderam seus cinemas e uma novidade estava chegando, a televisão. As salas dos cinemas foram substituídas pelas salas de casa, a rapaziada que não possuía o tal aparelho se penduravam nas janelas de seus vizinhos, ou corria até a TV da pracinha da cidade.  Porém hoje em dia tudo isso é cagado e cuspido como diria o poema: Paisagem do Interior do poeta Jessier Quirino.

 

No entanto algo se manteve com a mesma força de sempre, a vontade de contar suas histórias. Mas naquele momento do cinema no Brasil não era possível que pessoas de famílias simples e pobres tivessem acesso a equipamentos de filmagens, a época seria preciso um orçamento que provavelmente custaria mais que os custos de suas vidas inteiras.

 

O que roda a vida pra frente é sempre a invenção seguinte e depois do aparecimento do cinema e a televisão outra grande novidade surgia, desta vez, seria os avanços tecnológicos com seus conexos em diversas áreas. Um grande número de modelos de máquinas fotográficas atualizadas em versão digital passou a filmar em alta qualidade com preços aquecíveis e isso acelerou os passos para que jovens, homens e mulheres de famílias oriundas de pequenas cidades e da periferia, pudessem produzir, dirigir e atuar no chamado cinema digital. Era a economia acenando como uma mão amiga.

Depois vieram peças e placas de computadores possibilitando montar uma boa ilha de edição, e com o surgimento de celulares com alta qualidade de imagem dos quais muitos deles se pode tranquilamente fazer um filme.

 

Essa democratização criou uma grande demanda de filmes espalhados em todo Brasil, e se antes os aspirantes sonhadores cineastas estavam fora da produção do fazer cinema em nossa contemporaneidade, estão em curso para a conquista de um outro ciclo importante, a entrada dos realizadores independentes no mercado cinematográfico.

 

Porém para que isso aconteça, é necessário novas visões, novos modelos de articulações de políticas públicas e privadas, criando oportunidades de negócios, de distribuição e exibição das obras do pequeno realizador nos mais de cinco mil municípios brasileiros.

 

Os festivais de cinema do Brasil simbolizam essa perspectiva e possuem papeis importantes no incentivo ao pequeno produtor de cinema. Mas a julgar pelo número de festivais existentes espalhados no país associados aos efeitos práticos, é perceptível que os festivais desenvolvam um caráter mais empreendedor.  A Secretária de Cultura de Pernambuco junto com a FUNDARPE, (Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco) vem trabalhando com interesse de criar cada vez mais as condições favoráveis para esse empreendedorismo no cinema aos realizadores independentes da Zona da Mata Norte, Zona da Mata Sul, Agreste, Sertão e o grande Recife.

 

 

Apoiado pelo Governo do Estado de Pernambuco e a prefeitura do município, o Festival de Cinema de Carpina abre suas janelas com esse gene em seu cerne, interessado em fincar seus trabalhos na construção de um ambiente embrionário envolvido pela necessidade de fomentar novos mercados ao realizador independente.  Com esse e outros entendimentos é que iniciamos as inscrições do 2° CINECAR entres os dias 1 de 30 de abril de 2019 para todos os brasileiros e qualquer cidadão do mundo inscrever-se gratuitamente seus filmes de longas e curtas-metragens.

 

– A lista com os filmes selecionados serão divulgadas no inicio de junho no site e Fanpage do festival.

 

-O festival acontecerá no segundo semestre mas ainda não possui uma data definida que, posteriormente e em tempo hábil será comunicado. No site do festival o realizador encontrará o edital com todas as informações para a inscrição como: o e-mail das inscrições, telefones (Zap) e e-mail da produção caso ocorra algumas dúvidas.

 

Três curadores cuidarão de selecionar os filmes para a grade de programação do festival são eles:

 

Ivann Willig: é do Rio de Janeiro, Formado em: Artes Cênica (UNI-RIO) & Cinema (UNESA).

Dirigiu e roteirizou 5 curtas-metragens. Foi jurado de festivais de cinema (Curta Taquary – Pernambuco; Festival de Coremas – Paraíba & Festival de Fama – Minas Gerais).

Trabalhou como curador do festival FBCI (RJ). Atualmente trabalha como caracterizador titular do programa “Zorra”, da Rede Globo.

 

Daniell Abrew: Diretor Executivo da “StoryKnight Audiovisual Entertainment Enterprise LTDA”, é ator, cineasta, roteirista e produtor fortalezense. Diretor de “Centopeia”, o primeiro filme em longa-metragem do gênero ficção-científica do Ceará.

Como Ator trabalhou em longas, médias e 5 curtas-metragens. Um programa de televisão, uma minissérie em 4 capítulos para rede de televisão pública. Uma temporada de obra seriada em 45 capítulos para rede de televisão pública. E uma pré-filmagem de longa-metragem de ficção.

 

André de Pina Santos:  È Produtor Cultural, Poeta e Realizador Audiovisual.

Graduado em Licenciatura em História, atua na cena cultural da Zona da Mata Norte desde 2012. Atuando na cena Cultural de toda região, é membro ativo dos coletivos ideias Volantes (Carpina), Silêncio Interrompido (Goiana) e NPED. Com formação técnica em Áudio  Visual, hoje trabalha com produções cinematográficas no mesmo segmento.

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Att: Balão, Produtor Cultural  e organizador do festival.