O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, celebrou a melhora consistente dos indicadores de vacinação no Brasil e afirmou que o país está conseguindo reverter os efeitos da desinformação e das fake news que, nos últimos anos, comprometeram a adesão da população aos imunizantes.
Segundo o ministro, a retomada de campanhas nacionais de vacinação, a ampliação de parcerias com escolas, a exigência da caderneta de vacinação em dia em programas sociais, além da atuação conjunta com estados e municípios, têm sido decisivas para a recuperação da confiança da população na ciência e no Sistema Único de Saúde (SUS).
“Estamos vencendo essa batalha. Desde 2023, a cobertura vacinal cresce todos os anos. Em 2025, todos os 16 imunizantes do calendário obrigatório apresentam cobertura maior do que em 2024”, afirmou Padilha.
O ministro ressaltou ainda que o governo tem adotado medidas para enfrentar a disseminação de informações falsas que colocam em risco a saúde pública, inclusive com ações judiciais. De acordo com ele, há casos de pessoas que lucram espalhando desinformação sobre vacinas, o que motivou a atuação conjunta do Ministério da Saúde com a Advocacia-Geral da União.
Nova vacina nacional contra a dengue fortalece combate à doença
Outro destaque foi a aprovação da nova vacina contra a dengue, desenvolvida no Brasil. Padilha comemorou a liberação do imunizante, ressaltando que se trata de uma tecnologia totalmente nacional, fruto de pesquisa científica realizada no país com apoio e financiamento público.
“A nova vacina é uma arma importante. Mais de 70% das pessoas vacinadas não apresentaram sintomas de dengue e mais de 90% não tiveram casos graves”, afirmou.
Apesar do avanço, o ministro reforçou que a vacinação não substitui as ações de prevenção contra o mosquito transmissor. Segundo ele, mais de 80% dos focos do mosquito estão dentro das residências, o que exige atenção diária da população. Em 2025, o país registrou uma redução de 75% nos casos de dengue em comparação com o ano anterior.
Campanhas reforçam vacinação infantil e uso do SUS Digital
Padilha também fez um apelo aos pais e responsáveis para que mantenham a vacinação de crianças e adolescentes em dia, destacando as facilidades oferecidas pelo SUS Digital. Atualmente, a caderneta de vacinação pode ser acessada pelo celular, com alertas automáticos indicando vacinas pendentes ou próximas datas de aplicação.
Além disso, crianças podem ser vacinadas diretamente nas escolas, mediante autorização dos responsáveis. Somente neste ano, mais de 1,2 milhão de estudantes foram vacinados no ambiente escolar, ampliando a rede de proteção à vida.
“Não neguem aos filhos esse direito. Hoje temos mais vacinas disponíveis e ferramentas que facilitam o acesso”, destacou o ministro.
Vacina contra bronquiolite passa a ser oferecida pelo SUS
Outro avanço anunciado foi a inclusão da vacina contra o vírus sincicial respiratório (VSR) no SUS. A imunização, voltada para gestantes a partir da 28ª semana, tem como objetivo prevenir a bronquiolite em recém-nascidos, uma das principais causas de internação e mortes por doenças respiratórias em bebês.
A vacina passou a ser ofertada gratuitamente a partir de dezembro. Na rede privada, o custo pode ultrapassar R$ 1.500, chegando a valores ainda mais elevados. Padilha reforçou a importância da adesão ao imunizante, que protege o bebê ainda durante a gestação e também por meio do aleitamento materno.
“Se a gestante estiver a partir da 28ª semana, deve procurar a unidade de saúde. A vacina protege o bebê no inverno, quando o risco é maior”, orientou.
