O Governo Federal divulgará nesta segunda-feira (17) o resultado da habilitação das entidades que participaram da primeira etapa do credenciamento para oferecer vagas gratuitas de acolhimento voluntário a usuários adultos de álcool e outras drogas. Serão 234 instituições aprovadas, que serão chamadas para assinatura dos contratos.
A informação foi antecipada durante a abertura do 10º Congresso Internacional Freemind, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães.
Segundo Sâmio Falcão, diretor do Departamento de Entidades de Apoio e Acolhimento do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social (MDS), a expansão representa um marco histórico na política de tratamento. Com as novas 5.500 vagas, o país passará de 10,5 mil para cerca de 16 mil atendimentos, atingindo metas previstas no planejamento estratégico do governo federal até 2026. O plano também engloba pesquisas, capacitações e fiscalizações nas instituições credenciadas.
DF destaca políticas próprias e aposta em parcerias comunitárias

Representando o governador Ibaneis Rocha, o secretário de Governo do DF, José Humberto Pires de Araújo, participou da abertura do evento e detalhou as ações locais voltadas ao enfrentamento das dependências químicas.
Uma das iniciativas destacadas é o Hotel Social, programa que já acolheu mais de 1,6 mil pessoas oferecendo higiene, cuidado e apoio a usuários que vivem nas ruas e desejam reconstruir suas trajetórias. “É uma estrutura que se tornou referência e que mostra caminhos reais para quem busca retomar a própria vida”, afirmou o secretário.
O DF também ampliará convênios com comunidades terapêuticas. José Humberto citou a parceria firmada com uma instituição no Guará, que atende mais de 60 pessoas em recuperação. Além disso, o governo destinou um terreno para a Fazenda da Esperança, que construirá uma nova unidade masculina totalmente gratuita — reforçando a atuação que já existe na versão feminina.
Programas sociais do DF atuam para reintegração e tratamento
Outro ponto citado pelo secretário foi o desafio de diferenciar os perfis da população em situação de rua, separando casos de escolha de vida daqueles associados ao uso problemático de drogas. Para atender essa diversidade, o DF aposta em ações integradas como o Renova DF, programa que já beneficiou mais de 20 mil participantes com formação em áreas como construção civil e apoio para reinserção no mercado de trabalho — incluindo estrangeiros, como imigrantes venezuelanos.
Segundo José Humberto, os resultados positivos surgem quando diferentes políticas públicas atuam de forma conjunta. “A integração das ações é o que gera impacto real. O trabalho social exige colaboração e articulação entre governo e entidades especializadas”, destacou.
