Mulheres privadas de liberdade participam de projeto de escrita autobiográfica no DF

Iniciativa do Ministério Público promove autoestima e ressignificação de experiências pessoais na Penitenciária Feminina do DF

O Núcleo de Controle e Fiscalização do Sistema Prisional (Nupri) concluiu o ciclo de oficinas do Projeto (Re)escrevendo Vidas: Vozes Femininas no Cárcere, desenvolvido na Penitenciária Feminina do Distrito Federal (PFDF). A ação tem como objetivo fortalecer a autoestima e promover a reconstrução da identidade de mulheres privadas de liberdade, a partir da escrita e da valorização das memórias pessoais.

Selecionado no âmbito do Edital PGJ nº 1/2025, voltado a iniciativas de inovação institucional, o projeto foi conduzido pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e promoveu encontros semanais desde setembro, baseados em uma metodologia de produção textual inspirada em obras literárias.

Durante as oficinas, as participantes produziram textos autobiográficos e compartilharam suas vivências em um espaço seguro e acolhedor, abordando temas como preconceito, maternidade, trajetórias de vida e superação.

Para a promotora de Justiça Raquel Tiveron, coordenadora do Nupri, a iniciativa representa uma nova forma de atuação institucional.

“O projeto demonstra uma atuação que une técnica e sensibilidade, reafirmando o compromisso do Ministério Público com a dignidade da pessoa humana e com o aprimoramento do sistema de execução penal sob uma perspectiva de gênero”, destacou.

Livro reunirá as narrativas das participantes

Com o encerramento das oficinas, o projeto entra agora na fase final de execução, que inclui a transcrição, curadoria, revisão e diagramação dos textos produzidos. O resultado será o livro “(Re)escrevendo Vidas”, com lançamento previsto para dezembro, em formato impresso e digital, pela plataforma Clube de Autores.

A obra reunirá narrativas que expressam transformação, pertencimento e reconstrução pessoal, dando voz às mulheres participantes do projeto.

A execução é conduzida pelos servidores Diogo Abe Ribeiro e Camila Oliveira Souza, com apoio do Centro Educacional 01 de Brasília (CED 01) e do Núcleo de Ensino da PFDF, responsáveis por criar um ambiente de aprendizado e expressão livre de julgamentos.

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